A espera da alvorada.
Eu morri,
e foi por amor...
Não me julgues injusta, ou egoísta pois foi uma causa de plena raridade; por mim e alguém que me amou.
Fuga? Creio que não, nem mesmo arranquei-o de mim, apenas o deixei partir e segui sem olhar para trás, ainda que a dor me dilacerasse e que a revolta me consumisse.
Não sou santa...nunca fui, e nem quero sê-la, sou um paradoxo talvez.
haviam tristezas que o fez infeliz num mundo de felicidades abstratas onde o amor machuca e o ar sufoca, com razões para morrer por menos que isso.
Aguentei firme por muito tempo, e foi essa a era do silêncio de vozes no vazio, minha casa, minha vida, minha familia..
Eu morri,
e foi por amor...para salvar o meu amor, o amor que morre nestes anos que nos encontro agora num amuleto guardado na caixinha de cetim a sete laços em baixo da cama. E é por ai que a esperança me chama, em sua voz calma contra a rudez de meus movimentos.
Ah... como é belo morrer assim, é precisamente o que permaneço fiel, a fim de encontrar em meu coração a mais perfeita lembrança do ilimitado amor, pois como na vida houve morte, da morte eu recomeço, feliz por ter amado e grata pelo amor...
(Jady firmino/Gerson Firmino)