"O SILÊNCIO DOS BONS"

"O que me preocupa não é o grito dos maus. É o silêncio dos bons!" (Martin Luther King)

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Muito triste o que vem acontecendo. Vem acontecendo não! Que já está incrustado nas pessoas, como uma sujeira, daquelas horrorosas, em uma panela bem antiga. É preciso esmiuçar, arranhar e, mesmo assim, alguma coisa continua lá, camuflada, maculando a peça. E numa hora ou outra reaparece, ostensivamente. E nos calamos.

E o que nos leva a essa situação de estagnação, de conformismo, é o receio que temos de expor nossa opinião, de ser contrário ao outro, ainda que coberto de razão. Medo pela retaliação. Medo da exclusão. Medo de perder o trabalho. Medo de ser mal visto pelo grupo. Medo por ser minoria, ainda que na defesa de algo justo. Então nos silenciamos. Violentamo-nos ao sufocar valores de uma vida toda. Enquanto os espaços do bom e do verdadeiro são ocupados pelo que de pior existe. E tudo começa a parecer natural, desastrosamente natural, passível de desculpas doloridamente esfarrapadas.

Chegam, destratam, menosprezam; tocam de maneira vil a delicadeza de nossa essência, sem ensaios e sem pudores. E saem de cabeça erguida, donos da situação, donos do mundo. E nos recolhemos no medo. Esse medo que arrasa os ideais sonhados, que mina a força da luta no dia-a-dia, que submete, silencia, aprisiona e mata!

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Por todas as situações de preconceitos, as noticiadas e as anônimas. Com o desejo de que os causadores sejam punidos, no rigor da Lei.