Caminhos da Arte
Por Valdeck Almeida de Jesus
Estradas que se cruzam, destinos que se entrelaçam, atividades que se complementam. A cultura tem este dom de unir pessoas que jamais se encontrariam por acaso…
Em agosto de 2008 eu estava fazendo o terceiro semestre de jornalismo na Faculdade Social. Por conta de um trabalho da disciplina Comunicação Comunitária, necessitei fazer pesquisas no bairro Plataforma, junto com os colegas de equipe.
Pesquisa vai, pesquisa vem, descobrimos um seminário que tinha tudo a ver com o nosso interesse e nos inscrevemos. Ao final, foram formados grupos de estudo para sugerir atividades para os organizadores. Ao invés disso, a turma que estava comigo, incluindo Robson dy Correa, resolveu marcar encontros mensais a fim de debater soluções relacionadas às necessidades culturais do bairro.
Cada um com seus ideais e projetos de vida, acabamos nos dispersando após uns quatro meses de reuniões. Robson declarava abertamente seu desejo de atuar com cinema, filmagens, documentários. Os demais, cada qual com seus planos.
Passados dois anos, me encontro com Robson, em 10 de dezembro de 2010, exibindo o documentário “ILÊ AXÉ - Fé, Saúde e Resistência”, no Espaço Cultural da Câmara de Vereadores de Salvador. O vídeo, nas palavras do próprio Robson, diretor da película, “procura retratar um panorama da Religião de Matriz Africana e, através de depoimentos, traça a relação do Candomblé com os aspectos de promoção da Saúde, resgate histórico e principais desafios que as Comunidades de Terreiros enfrentam no seu dia a dia”. A exibição deste documentário está perfeitamente integrada aos propósitos da comunidade negra, que exige respeito aos seus direitos, bem como à sua cultura, arte e religião.
E respeito às raízes e origens da raça Robson faz como ninguém, defendendo com bastante coerência e competência os seus ideais. Não me surpreendi, portanto, ao ser convidado para ver o documentário, aplaudido de pé pela plateia que lotou o espaço cultural. Menos surpreso fiquei, ainda, quando tomei conhecimento que Robson dy Correa está no interior do estado, na cidade de Tucano, realizando pesquisas e filmagens para mais uma peça de arte, a qual pretende registrar, no filme “Inquietações”, a história e a cultura através de depoimentos de moradores dos locais visitados. Este é um homem guerreiro, protegido pelos Orixás. E a Bahia já sabe que ele existe e já conhece sua arte. E é nesse caminhos que me encontro com Robson dy Correa.
Blog do artista: Nego do Sertão
Por Valdeck Almeida de Jesus
Estradas que se cruzam, destinos que se entrelaçam, atividades que se complementam. A cultura tem este dom de unir pessoas que jamais se encontrariam por acaso…
Em agosto de 2008 eu estava fazendo o terceiro semestre de jornalismo na Faculdade Social. Por conta de um trabalho da disciplina Comunicação Comunitária, necessitei fazer pesquisas no bairro Plataforma, junto com os colegas de equipe.
Pesquisa vai, pesquisa vem, descobrimos um seminário que tinha tudo a ver com o nosso interesse e nos inscrevemos. Ao final, foram formados grupos de estudo para sugerir atividades para os organizadores. Ao invés disso, a turma que estava comigo, incluindo Robson dy Correa, resolveu marcar encontros mensais a fim de debater soluções relacionadas às necessidades culturais do bairro.
Cada um com seus ideais e projetos de vida, acabamos nos dispersando após uns quatro meses de reuniões. Robson declarava abertamente seu desejo de atuar com cinema, filmagens, documentários. Os demais, cada qual com seus planos.
Passados dois anos, me encontro com Robson, em 10 de dezembro de 2010, exibindo o documentário “ILÊ AXÉ - Fé, Saúde e Resistência”, no Espaço Cultural da Câmara de Vereadores de Salvador. O vídeo, nas palavras do próprio Robson, diretor da película, “procura retratar um panorama da Religião de Matriz Africana e, através de depoimentos, traça a relação do Candomblé com os aspectos de promoção da Saúde, resgate histórico e principais desafios que as Comunidades de Terreiros enfrentam no seu dia a dia”. A exibição deste documentário está perfeitamente integrada aos propósitos da comunidade negra, que exige respeito aos seus direitos, bem como à sua cultura, arte e religião.
E respeito às raízes e origens da raça Robson faz como ninguém, defendendo com bastante coerência e competência os seus ideais. Não me surpreendi, portanto, ao ser convidado para ver o documentário, aplaudido de pé pela plateia que lotou o espaço cultural. Menos surpreso fiquei, ainda, quando tomei conhecimento que Robson dy Correa está no interior do estado, na cidade de Tucano, realizando pesquisas e filmagens para mais uma peça de arte, a qual pretende registrar, no filme “Inquietações”, a história e a cultura através de depoimentos de moradores dos locais visitados. Este é um homem guerreiro, protegido pelos Orixás. E a Bahia já sabe que ele existe e já conhece sua arte. E é nesse caminhos que me encontro com Robson dy Correa.
Blog do artista: Nego do Sertão