A força de uma idéia...

Ana e Pedro já estavam casados a quase 25 anos, quando um dia após chegar do trabalho, na ânsia de corrigir seu filho sobre sua forma de proceder, comentou:

_ Filho um homem de verdade precisa ter a mente focada naquilo que é bom e traz felicidade a si e aos outros.

_ Não entendi, papai! Disse o adolescente.

E o pai explicou:

_ Eu sou cantado todos os dias lá no meu serviço, agora até minhas colegas de trabalho estão me assediando. Para que a gente não caia em tentação eu mantenho o foco naquilo que me faz feliz: a nossa família! Entendeu?

_ Acho que sim!

Ana que ouvia a conversa só ouviu a parte do assédio, pois para o resto seus ouvidos foram fechados, a partir daquele dia: ela passou a viver dias de torturas, imaginava o marido tendo casos e mais casos, uma dor de cabeça era uma prova de rejeição, cheirava suas roupas diariamente, examinava minuciosamente suas peças intimas, estava ficando doente com aqueles pensamentos.

O marido ria das demonstrações de ciúmes da esposa e ficava envaidecido dela ter ciúme dele após tantos anos juntos.

Agora abro um parêntese para fazer um comentário: “O ciúme não é um sentimento saudável, e rir não é a melhor escolha, e só pra lembrar A NATUREZA É IMPLACÁVEL COM NÓS MULHERES, POIS COM OS ANOS FICAMOS VELHAS E ELES BELOS COROAS, COM MUITAS GATINHAS QUERENDO, RISOS!”

Mas certo dia atrasou-se para chegar em casa, pois havia se lembrado que naquela data ele conhecerá Ana e desejoso de demonstrar-lhe o apreço decidiu levar-lhe flores, comprou rosas vermelhas – as suas favoritas.

Ana andava de um lado para o outro possessa de raiva, tinha certeza que ele a traía, aqueles pensamentos geravam dores que desarmonizavam seu organismo: havia perdido peso, estava trêmula e o sangue que circulava em seu corpo estava envenenado, pois estava mal oxigenado, enfim sua saúde estava comprometida!

Assim que Pedro entrou em casa com o buquê de flores teve certeza que ele a estava traindo, pois as flores só podiam ser: CONSCIÊNCIA PESADA!

Antes que Pedro pudesse dizer algo Ana teve um mal súbito e desmaiou, ele desesperado correu para socorrê-la e suplicante dizia:

_ Ana não me abandone, não poderei viver sem você!

Após o socorro efetivo num hospital, Ana veio, a saber, que o marido estava em estado grave na UTI, pois ao dirigir desesperado para atendê-la acabou batendo o carro e como não estava de cinto de segurança fora arremessado para fora do veiculo, e o médico completou:

_ Lamento que tudo isso tenha ocorrido exatamente no dia em que se conheceram...

_ Como?

_ Desculpe, mas lemos o cartão do buquê! Disse o médico apresentando o cartão.

Ana leu o cartão e chorando pediu ao médico permissão para ir a UTI, onde segurando a mão do esposo dizia:

_ Não me abandones! Não posso viver sem você!