Levantemos a bandeira cada vez mais alto

Demorei para escrever este texto, mas aqui vai.

No Brasil, um homossexual é assassinado a cada dois dias, essa estatística já foi publicada diversas vezes. Triste situação da classe que está submetida ao descaso dos políticos deste país. Não se aprova a PLC 122, grande parte da polícia pouco faz para diminuir a violência homofóbica, isto quando não é a própria polícia que a pratica, em alguns casos que ficaram conhecidos publicamente. Mesmo com a tentativa de alguns governantes de combater a homofobia, ainda é muito pouco. Para apoiar o ódio temos uma frente evangélica muito grande no parlamento nacional e um certo deputado, ex-militar, que incentiva pais a bater em filhos gays para que se tornem homens, simplesmente patético. Fora do Brasil ainda temos um papa de índole duvidosa, pelo menos para mim. Temos também um primeiro ministro italiano, envolvido em diversos escândalos sexuais envolvendo menores, hipócrita o suficiente para dizer que enquanto estiver governando nunca haverá casamento gay na Itália. Devemos ainda lembrar dos ditadores africanos, que perseguem incansavelmente os homossexuais, condenando-os a morte, sem falar naquele iraniano, de nome dificil de pronunciar. Alguns cidadãos gays de outros países já têm a felicidade de poder casar oficialmente, no entanto, no Brasil, a batalha ainda está no meio. Há a esperança sobre as ações que correm no STF, cuja decisão vale para todo o território nacional. Esperamos que pelo menos os tribunais possam nos dar uma esperança, já que no Congresso estou sem perspectivas positivas. O processo que corre no STJ, com o objetivo de definir se existe juridicamente família homoafetiva, está parado, em vistas para um ministro. Não vou repetir aquela velha frase sobre pagar impostos e cobrar direitos, apenas isso não convence a sociedade. Devemos deixar claro como podemos formar família, que seremos ótimos pais. Se ainda assim não quiserem dar nossos direitos legalmente, vamos continuar lutando até o fim. Nós não nascemos para desistir. Somos homossexuais, e acima de tudo, somos gays brasileiros.

Farah
Enviado por Farah em 14/03/2011
Código do texto: T2846687
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