O indivíduo frente a ética nacional
A ética é comum a todos os indivíduos, porém, depende dele a forma como aplicá-la socialmente, ou seja, de caráter moral ou imoral. A cultura é um dos fatores que influenciam um cidadão a exercer a sua ética, um conjunto de valores e hábitos que refletem a identidade pessoal. No Brasil, a ética é precária em todos os sentidos: político, social e econômico, basta reparar na situação em que o país encontra-se, repleto de desigualdade social, no qual a minoria reina de forma desonesta.
Eis a corrupção, o retrocesso da política nacional. A política que se tornou politicagem, em meio a um "Planalto-Cassino": mensalões, chacinas, desvio de dinheiro público, aumento de salários constantemente, sem contar com os auxílios, são fatores que causaram um comodismo político e social por serem tão comuns na realidade brasileira. Vários problemas sociais são agravados por esse desdém profundo frente ao povo-cidadão, ao invés de governarem jus a população, preocupam-se, por exemplo, em discutir sobre negócios, enquanto dezenas de marginais negociam tráficos e mais tráficos de drogas. Governantes que já foram governados éticos corrompem-se nesse mundo de exacerbado poderio.
Em contrapartida, a antiética também se apresenta nos lares dos brasileiros. A mídia, com seu sensacionalismo de famílias humildes que merecem uma casa ou um carro reformado, programas que mostram o apresentador jogando dinheiro a sua platéia para chamar atenção, confinamento de pessoas é "modinha", um jogo de propaganda e baixaria que se resume em conseguir dinheiro da população, o famoso final feliz das novelas, são exemplos de manipulações ideológicas ao telespectador, fazendo este se espelhar nessas vidas que acontecem apenas em sete cores. Esse jogo de audiência é mais uma prova de poder que aliena a sociedade, propiciando inutilidade a uma nação ainda inconsciente.
O indivíduo toma consciência das coisas a sua volta quando reflete, questiona e critica, mas para isso é necessário a chave de tudo: a educação. A televisão deveria ser usada como ferramenta de aprendizado, um bom exemplo disso são os canais “Futura” e “TV Escola”, que proporciona ao seu telespectador assuntos de cunho educacional, como documentários, reportagens, aulas didáticas, etc. Desse modo, a população se interessaria mais pela política nacional, e os papéis inverter-se-iam, o inconformismo político e social, no qual a sociedade seguiria o conselho do grande pai do liberalismo político "John Locke"e poria o seu direito em prática, o de expulsar o governante que não exerça seu cargo em prol a sociedade.