Pois...ego!
Tinha um lado esquisito, cheio de detalhes
e comprometimentos com regras básicas para fazer da sua vida algo quase perfeito e atingir a normalidade
que pensava existir.
Era materialista. Pedra, pedra , pão, pão .
E sem desenvolver a espiritualidade de forma
mais acentuada, seguia num compasso encravado
no real truculento .
Se entendesse a alma como sendo algo tangível e modelável talvez se suavizasse para a rotina e aquietaria o coração.
Mas, da forma que entendia a vida ,
(gerir objetivos centrados num eterno prazer lúdico
contínuo: só a sua satisfação - )
resolvia os percalços aos trancos e barrancos
e corria para o seu ego entontecido ,desmontava alheias almas, sofria irmãos.
Esquecendo que a'felicidade não é bem deste mundo',
que, talvez, 'não tenhamos vindo aqui a passeio' ,
que 'a caridade verdadeira começa dentro de casa'.
Nada disso lhe fazendo a cabeça , seguia pelas ruelas
montado em carrossel movimentado por falsos mecanismos barulhentos e irritadiços ,enfeitados com flores
de plástico . Cobertos de tintas que desmanchavam
com as chuvas insistentes da insatisfação.
E escorriam seu colorido escurecido de insensatez
pelo bueiro fundo da ignorância .
Incompreensão que o levava para longe em acelerada caminhada,a repetir sempre os mesmos passos ,
sem entender que fugia de si mesmo.