Historieta: Amor na Net (Capitulo XVIII)...

A noite estava linda e os dois pararam para ouvir as poesias declamadas a um canto do barzinho.

De repente um jovem sobe ao palco e declama um poema sobre poesia e convida Ludmila a declamar um poema mais belo que o dele e ela não se fazendo de roga subiu ao palco e disse:

_ Não sei se estou à altura dos ilustres poetas, mas gostaria de declamar um poema de uma amiga sobre o que é poesia.

E parando por alguns segundos como a lembrar os versos e olhando para Thiago que estava encantado, fechou os olhos e com voz doce declamou a poesia.

“O que é poesia?

Aquela que ensaiava para poetisa dizia: Não sei!

Os críticos diziam: Poesia são versos rimados!

O outro dizia: Nem sempre!

E um outro afirmava: Há vários estilos!

E um apaixonado definiu

_ Poesia é sentir!

E completou dizendo

Pode ser transcendente

Quando leio e tenho vontade de ajoelhar e rezar!

Pode ser alegre

Quando sinto vontade de sorrir!

Pode ser triste

Quando sinto vontade de chorar!

Mas com certeza disse um velhinho

Poesia é vida!”

Ela foi ovacionada de pé pelos presentes. Retornou a mesa e sentou-se.

_ O que mais sabe fazer caixinha de surpresas?

_ Não sei! E riu.

_ Senhorita por acaso a poetisa não tem nome? Perguntou um moço ao microfone e ela respondeu:

_ Ludmila Müller.

_ Mas você não disse que ia declamar o poema de uma amiga? Perguntou Thiago.

_ Disse!

_ E por que não deu o nome dessa amiga?

_ Porque a poesia é minha!

_ Não entendi?

_ Se eu dissesse que eu iria declamar um poema meu as pessoas me olhariam diferente, como disse que o poema era de outra pessoa tirei o holofote de cima de mim, mas se quiser eu mostro o livro, onde o poema está registrado, quer?

_ Quero!

_ Eu trouxe um exemplar na mala.

_ Está no hotel? Perguntou Thiago com um olhar malicioso.

_ Está! Mas você pode esperar no saguão, não pode?

_ Posso! Disse meio sem graça.

Ludmila sorriu divertidamente da situação.

Continua...