Historieta: Amor na Net (Capitulo XV)...

Neste momento algo chama a atenção de Ludmila e Thiago perguntou:

_ O que foi?

_ Aquela artista que está aparecendo na TV, ela é bela, desejada, influente e esses dias declarou que é usuária de drogas, isso trará pra ela inúmeras conseqüências.

_ Eu acho que ninguém deveria perturbar a pessoa só porque ela foi sincera.

_ Ela não foi sincera, ela está errada, pois ela é uma pessoa pública e não pode falar o que quer, pois tudo que ela faz influencia outras pessoas.

_ Como assim?

_ Vou lhe fazer uma pergunta. Você acha que as drogas são boas? Você acha que um usuário de droga seria um bom professor pro seu filho ou sobrinho, um bom advogado ou uma boa babá?

_ Temos a drogas licitas como: o fumo, as bebidas e os medicamentos que se forem usadas de forma moderada não fazem mal. Mas quanto a empregar um usuário de drogas eu acho que eu não faria isso!

_ Mas não acha nada demais que uma artista que já fez filmes infantis, que aparece nas novelinhas que seus sobrinhos assistem, certo? Se você perguntar para um filho que perdeu a mãe porque o pai resolveu dirigir bêbado ou anestesiado por um comprido o que ele acha, talvez mudasse de idéia. Ou se você perguntasse a uma criança que ficou órfã porque os pais morrerão de câncer por conta do cigarro, talvez você se tornasse um defensor do fim dessas indústrias no Brasil e quem sabe no mundo, não acha? Eu penso que o seu critério tem alguma coisa errada. É a mesma coisa de dizermos que não há problemas em termos um senador traficante que defenda o combate ao trafico, não acha?

_ Nunca tinha pensado assim.

_ Acho que o sistema amoleceu quando tornou o viciado menos responsável pelos seus atos.

_ O que te fez pensar assim?

_ Minha prima era uma pessoa muito boa e resolveu dar um emprego para a filha de uma vizinha, todo mundo disse pra ela que ela não deveria fazer isso, pois a menina era usuária de drogas, mas nem parecia e ela dizia a todos que era preciso ajudar se quiséssemos que as coisas mudassem, então ela um dia precisou sair para ir ao banco e naquele dia ela não levou a filhinha de oito meses como era de costume, quando ela voltou bastante angustia apesar de tudo ter dado certo no banco... Assim que ela entrou em casa ela sentiu cheiro de assado, a babá havia assado sua filhinha porque assim que ela saiu, a babá resolveu dar um “pico” como eles falam e alucinou.

_ Poxa! Sinto muito, mas você não acha que o usuário precisa de ajuda?

_ Sim, mas especializada que saiba o que está fazendo e penso também que a família do usuário precisa de apoio como o que se presta no AA aos dependentes do álcool. Mas antes de qualquer coisa essas pessoas precisam de EDUCAÇÃO, formação de princípios, de amor por si mesmo a famosa auto-estima, que eu particularmente acho que essa jovem tão bela não tem e que é por isso que ela faz questão de cuspir na face da sociedade com sua declaração criminosa e doentia.

_ Não sei se você está certa, mas vou pensar. Mas podemos mudar de assunto?

_ Sim podemos mudar de assunto, porque a semente já foi plantada.

_ Qual?

_ A da idéia? Afinal de contas você prometeu pensar e isso é o começo da mudança.

_ Que mudança?

_ A da mentalidade, das opiniões, porque são elas que se tornam leis e que mudam os rumos de uma sociedade, de um país e do mundo!

_ Uma simples idéia não tem toda essa força que você fala.

_ Você tem certeza disso?

_ Sim!

_ Então me diga como surgiu à eletricidade? O fogão a gás? A internet? As redes sociais? A moda? O carro hibrido? Os painéis solares? A energia nuclear? Tudo isso nasceu de uma idéia de seus inventores, ou da busca pelo poder, mas sempre tudo começa na idéia, que vira vontade e que mobiliza os meios.

_ Meu Deus! Você é uma caixinha de surpresa.

_ Não é por nada não, mas eu acho que temos que ir, pois já são quase três horas da tarde. Disse Ludmila.

_ Meu Deus nem vi o tempo passar!

Continua...