Historieta: Amor na Net (Capitulo VIII)...

Assim que se despediram e desconectaram o telefone tocou e do outro lado uma voz de homem perguntou:

_ Será que incomodo?

_ Thiago é você?

_ Mas é claro, a não ser que esperasse a ligação de outro... E interrompeu a fala.

_ Não! Estava pensando se me ligaria e quando seria...

_ Gostou?

_ Acho que sim! Respondeu Ludmila.

_ Mas o seu achomêtro está funcionando hoje?

A risada foi inevitável.

_ Você tem uma voz linda e uma risada deliciosa. Disse Thiago.

_ Obrigada! Eu acho.

Houve um minuto de silêncio, onde se ouvia só a respiração de um lado e do outro.

_ Acho que estou gostando de você e isso me parece uma loucura, porque sequer sei quem você é. Disse Thiago sem parar pra pensar.

_ Eu... Nunca recebia uma ligação tão estranha...

_ Me desculpe! Acho que falei demais.

_ Eu também sinto a mesma coisa, mas eu não sei o que fazer? Disse Ludmila tremendo.

_ Mande-me uma foto! Pediu Thiago.

_ Não! Porque se uma foto fizer diferença não é amor. Vamos continuar conversando e se Deus quiser nos encontraremos no fim do ano e aí veremos se realmente gostamos um do outro, até lá somos livres.

_ Isso quer dizer que você poderá namorar alguém e eu também? Perguntou Thiago com o coração aos pulos.

_ Pode ser!

_ Pode ou não pode?

_ Eu não namoro corpos, então eu teria que sentir algo por alguém e no momento estou meio comprometida. Disse Ludmila.

_ Com quem?

_ Ora com você, eu acho!

Thiago riu e perguntou:

_ Então porque propôs isso?

_ Para que você se sinta livre para agir como sua consciência permitir.

_ Você não existe.

_ Por quê? Porque deixo na sua mão as escolhas que só você pode fazer, não posso te aprisionar, nem com anéis, nem com o uso da força, pois a única força real numa relação a dois deve ser o amor e mais nada.

_ Isso quer dizer que já me ama?

_ Não sei! Estou verificando. Disse Ludmila sorrindo.

_ Sonhe comigo, porque sonharei com você. Até amanhã!

_ Durma com Deus! Espero-te amanhã no mesmo horário. Disse Ludmila.

E assim eles desligaram e não acreditavam nas declarações de amor que haviam trocado.

Continua...