Olá, meu Santo Amaro. Eu vim te conhecer…
Lavagem de Santo Amaro é sinônimo de alegria. Eu, que cheguei à cidade no dia 29 de janeiro de 2011, com uma grande tristeza, nostalgia, desânimo, saudade, insatisfação, angústia e sentimento de não pertencimento, não consegui sair de casa para ver nem ouvir nada. Fui obrigado a ouvir trios, pois eles passavam uma rua atrás da casa onde eu estava. No dia seguinte, depois das 11 da manhã, resolvi dar uma volta, para ver se jogava a tristeza pra cima.
Acompanhei o cortejo que seguia um caminhão com fieis do candomblé. A batida forte dos tambores e atabaques me chamavam. Apesar do calor e do medo de alguém pisar em meus pés de sandálias havaianas, resisti até o fim e, no meio do caminho, caí na folia. Muito tímido, é claro, mas seguindo os passos da multidão. Aqui e ali, golava um pouco de água mineral, refrigerante ou cerveja.
Lavei a alma mas não me atrevi a lavar o corpo. A cada esquina, uma mangueira que os moradores colocavam à disposição das pessoas para se refrescarem do calor que fazia na cidade. Segui a charanga, vi dona Canô num carrinho empurrado por seguranças, acompanhada de Mabel Veloso e netos, sobrinhos, primos… Muitos velinhos e velhinhas também seguiam a muvuca, no mesmo ritmo dos instrumentos musicais, que tocavam, entre outras coisas, "Corre, corre, lambretinha", momento em que a multidão seguia em disparada. Na praça principal, um carro pipa esperava os foliões, que tomavam um banho de cima abaixo.
Eu, outra vez, me esquivei da água…
A pisada forte, o samba de roda e toda a cantoria, que não parava nem para respirar, talvez seja a energia que faz a gente de Santo Amaro viver muitos e muitos anos. Talvez, ainda, esta lavagem fortaleça os músculos e almas dessa gente hospitaleira e sorridente. Quem vai saber?
Sei que, depois de tantas viagens para a Terra de Gal, Betânhia, Caetano, dona Canô, Mabel, Jota Veloso e tantos outros, eu passei a conhecer um pouco mais dali.
Lavagem de Santo Amaro é sinônimo de alegria. Eu, que cheguei à cidade no dia 29 de janeiro de 2011, com uma grande tristeza, nostalgia, desânimo, saudade, insatisfação, angústia e sentimento de não pertencimento, não consegui sair de casa para ver nem ouvir nada. Fui obrigado a ouvir trios, pois eles passavam uma rua atrás da casa onde eu estava. No dia seguinte, depois das 11 da manhã, resolvi dar uma volta, para ver se jogava a tristeza pra cima.
Acompanhei o cortejo que seguia um caminhão com fieis do candomblé. A batida forte dos tambores e atabaques me chamavam. Apesar do calor e do medo de alguém pisar em meus pés de sandálias havaianas, resisti até o fim e, no meio do caminho, caí na folia. Muito tímido, é claro, mas seguindo os passos da multidão. Aqui e ali, golava um pouco de água mineral, refrigerante ou cerveja.
Lavei a alma mas não me atrevi a lavar o corpo. A cada esquina, uma mangueira que os moradores colocavam à disposição das pessoas para se refrescarem do calor que fazia na cidade. Segui a charanga, vi dona Canô num carrinho empurrado por seguranças, acompanhada de Mabel Veloso e netos, sobrinhos, primos… Muitos velinhos e velhinhas também seguiam a muvuca, no mesmo ritmo dos instrumentos musicais, que tocavam, entre outras coisas, "Corre, corre, lambretinha", momento em que a multidão seguia em disparada. Na praça principal, um carro pipa esperava os foliões, que tomavam um banho de cima abaixo.
Eu, outra vez, me esquivei da água…
A pisada forte, o samba de roda e toda a cantoria, que não parava nem para respirar, talvez seja a energia que faz a gente de Santo Amaro viver muitos e muitos anos. Talvez, ainda, esta lavagem fortaleça os músculos e almas dessa gente hospitaleira e sorridente. Quem vai saber?
Sei que, depois de tantas viagens para a Terra de Gal, Betânhia, Caetano, dona Canô, Mabel, Jota Veloso e tantos outros, eu passei a conhecer um pouco mais dali.