Antropologia

"Antropologia"

Um assunto difícil sou urbano e vivi vendo índio pela TV nos filmes de cowboy e ainda na escola em 1967 ou 1968 ouço dos professores, falando de índios descobertas no Brasil que usava esse ou aquele apetrecho, mas eu muito menino ainda entendi que existia muito mais do que ouvia nos intervalos.Foi no triangulo mineiro que aquelas senas da TV começará fazer sentido o Rio Grande para ser atravessado as matas continuas (que na época nãos sei se poderia chamar de matas ciliares) cegava a sumir pelo sertão, que de carro percorria grande extensão isso em 1970. Mas aqui não havia índios e as minorias na época aqui era maioria muitos afro descendentes e uma quantidade de ciganos razoável que levantavam acampamento aqui e ali e mais acolá e eram variadas as formas de sobrevivência deles: os afro descendente trabalhavam de sol a sol no plantio e colheita de arroz de sequeiro e algodão os ciganos uns comercializava tachos outros cavalos e arreatas enquanto que entre todos o comercio de arma de fogo e pólvora era bem comum. E foi aqui que soube da sorte dos índios caiapós que de uma tribo de 200 índios todos foram dizimados apesar de estarem confinados, contão que índios bororos trazidos por bandeirantes foram o causador do extermínio. Nesta época os banqueiros receberão do governo militar incentivo para empréstimo no sentido de ofertar aos sitiantes e fazendeiros oportunidade de crescimento com empréstimos suficientes para que estes comprassem tratores colhedeira e desmatassem suas propriedades, ai então o caus. os banqueiros não fiscalizava os 20% proibida das desmatas como indicava a lei do tempo de Getulio Vargas e se desmatou tanto que se hoje for escalonar diria que teremos %5 dos 20 caso fosse cumprida alei, ou seja, um caus. de convertido em pastagem e hoje cana para vender aos usineiros o que era uma mata fechada de serrado com todas as espécies que eu como morador de cidade grande só como os papagaios daqui repetir seus nomes e não vou fazer isso aqui, mas eram muitas as espécies e de exemplares cinematográfico principalmente próximo a rios e “Croas” Lugares tidos como o melhor da vegetação local. A paixão por este lugar somados com problemas social político da época trouxera-me para cá definitivamente. Para sobreviver entrei na agora represa água vermelha e com moradores aprendi a pescar e tornei-me um pescador profissional e foi assim que encontrei um vestígio de uma civilização indígena que pela cerâmica e machados de pedra cremos ser bororos na época uma historiadora da USP e um arqueólogo fizeram algumas fotos do achado e colheram algumas informações dos moradores jogando no GPs as coordenadas do lugar como sitio arqueológico, Mas como pescador profissional me obrigava a morar por semas e meses em barracas na beira do rio junto a mata ciliar que sobrava e esta relação de bicho e homem e homem bicho e bicho pude sentir de alguma forma não com a convicção que o senhor Eduardo Viveiro de Castro coloca no artigo ou entrevista mas existe mesmo uma cobrança das coisas naturais em detrimento ao que nós nos tornamos. Minha ultima morada como pescador era visitada por quatis macacos antas e tamanduás como meu interesses eram os peixes da represa eu os percebia comendo frutas e folhas alem do milho e mandioca que usava na pesca e percebi que até as copas das arvores os acolhiam com carinho foi uma experiência gratificante, percebi que ainda pode resistir em pequenas reserva todas espécies que existia na época da mata fechada o que é pior com o seqüestro de carbono dos canaviais os bichos” bichos” entende uma melhora ambiental e estimulam à procriar e são covarde mentes queimados nas épocas de colheita pois o sistema de queimada cerca com fogo a plantação culminando no meio dela o fogo devorador os bichinhos enganados pela falsa floreta que havia e para chamar atenção das autoridades para o assunto sempre que posso me debruço em artigos poesias sonetos, mas índio e seus descendentes aqui sucumbirão, não é aqui parte da piada do antropólogo. Segui a forma singela e urbana de contribuir com a causa indigna. • Francisco Carlos Pardini 18 de novembro de 2010 Chica Do Caldeirão. Seria mesmo obrigatório revelar sua época, ou sua tribo para trazer seriedade a este mito.Assim meio caçando tal qual eterno bandeirantes e a pondo a ferro e fogo. Índio para nós é sempre índio, é aquele que nem saudade deixou, restando aqui e ali migalhas do que passou. Mais vida de índio, quer ermitão nomades ou em tribos já há muito mudou e sua história se aproxima de nós por historiadores, ou mesmo pelo mito de que nunca mudou. Sabemos também de tribos de melhor sorte, eles já em seus computadores, escrevendo novas histórias e com seus próprios aviões chegando a superar nossa imaginação. E ainda assim são índios e sem preconceito entendemos eles gente inferior, eternamente índios, submissos a regime de proteção. Nas escolas ainda nos ensina o que restou de suas religiões, que chegou ser apregoada como traição, é que o catolicismo chegou antes de seus deuses disseram a eles, e os calaram com uma cruz nas mãos. Há, restou a deusa do caldeirão, e esta aqui, as margens do Rio Grande. Uma espécie divina, nascida do namoro dos guaranis e dos bororós que aparecia em cima de pote fúnebre carregando um caldeirão. Sua história sobrevive contada de boca em boca, havendo relatos que ela já foi citada em rima e verso e em prosa poética da região. Contam que ela dizia se chamar ” Chica Salesiência ” , nome que ela mesmo adotára por querer ser cristã. Dão conta os versos que ela surge das águas do Rio Grande quando o pôr do sol é avermelhado e profundo, tornado rosa todo o velho oeste, e vem para abençoar todo canoeiro e pescador da região desde antes do Militão a foz do Rio Verde. Versos mais apaixonados narra, quando ela ainda molhada sobe sob o pote fúnebre e traz um caldeirão na cabeça apoiada pôr uma das mãos enquanto esconde atrás, nas costas a mão que restou. È ela é a Chica do Caldeirão a deusa da navegação Espírito nobre e sublime que se dedica em abençoar, mas de tão fiel, traz a sua guarda o último repouso de seus irmãos, em cada aparição. Hei lembre-se de não esquece-la em suas orações. Kiko Pardini –