Amar é da Ordem do Bem

Amar é da Ordem do Bem.

Voltei à fase de escrever alguns textos, e foi para os que já souberam amar, ser amado, cultivar e preservar o AMOR.

Tenho certeza que não chegamos na vida das pessoas por acaso, talvez de uma forma que não seria a hora certa, ou no momento errado; mas vivemos afinidades, momentos tão belos, raros, que me veio à mente associarem o amor, seja ele de que forma for ao BEM.

“Não “devemos lembrar só das palavras ditas na hora da “raiva”, mas sim, sempre dos bons momentos, desde” ai o meu viquinho”, até os banhos de mar, os passeios nos finais de semana, cozinhar juntos, enfim, todos os momentos divertidos.

Geralmente os finais de relacionamentos são lembrados de forma “feia”, com grossuras, traições, mas tive a oportunidade rara, de lembrar do meu de forma digna, dolorida, mas com palavras ferinas. Porque quando o amor é da ordem do bem, são lembrados de forma bela, embelezada, onde não desejamos perder a pessoa, com a qual dividimos tantos momentos no caminhar da vida.

Devemos perdoar as pessoas por ter falado palavras que magoaram, pois é melhor ouvir e calar, porque o silêncio são momentos dos sábios; e também porque falamos ou agimos de forma que magoamos o outro que está do outro lado da relação.

Quando o amor é da ordem do bem, ele nos faz, mesmo com as porradas da vida, da ferida aberta, do não, MUDANÇAS; capazes de nos tornarmos seres melhores, ou pelo menos tentar ficar melhor, para que não façamos com os próximos amores, o que fizemos neste momento.

Vamos tornar o nosso amor da ordem do bem, pois amamos, cada um da sua forma. Existem vários tipos de amor na vida, o que cuida, o companheiro, o que considera, o que grita, o que dar valor quando perde, o que se transforma em amizade, e até o que não quis enxergar, achando que era cobrança, chantagem emocional,abuso.

Estou na fase de “tentar ficar melhor” como pessoa, amigo, amante, de não repetir os mesmos erros, com os próximos amores que surgirem.

Ninguém tem culpa quando o outro não se apaixona por nós, ou não consegue ter tesão. Nem o que se apaixonou, deve se culpar por não ter conseguido despertar este sentimento no outro; pois o outro, na maioria das vezes, vem trazendo na mala dos sentimentos, conseqüências de amores antigos, cheio de mágoas, traições, medo de amar, tornado-se pessoas racionais demais, até que se apaixone novamente e deixe de lado todas as teorias e viva outro amor da ordem do bem.

Temos que tentar mudar nossas concepções sobre amar, ou sentir amor, apenas vivê-lo, e tornar este sentimento NOBRE. Tornar tudo de bom que vivemos com alguém nobre, não lembrar só do abuso, das caras feias, pois tudo depende do ângulo de como interpretamos aquela reação, o outro tem o direito de ter reações contrárias e discordar. Na maioria das vezes, uma das partes só quer enxergar da sua forma, e como diz os psicólogos “tem que partir de nós”.

Partir de nós a vontade de mudar, de ser menos racional, de não ter medo de gostar, de valorizar quando a parte apaixonada nos telefona no meio do expediente, sentindo saudade, e fala “eu te amo tanto, que acho que vou explodir”. De querer falar contigo nas noites, e o outro achar, deduzir, que não tem obrigação de te telefonar todos os dias.

Nesta era dos “ficantes”, onde as pessoas não sabem o que é o verdadeiro amor, indo para as baladas, ficando com um e com outro, quando voltam para casa o vazio é maior, porque na maioria das vezes, é só o prazer.

Quantos não estão felizes em ter um amor da ordem do bem, que sente alegria ao falar no telefone vário vezes no dia e principalmente sentir a felicidade do outro ao atender a ligação.

Tem que partir sempre do outro, de mim, de todos os humanos que queiram amar, recomeçar, pois o amor não tem idade, cor, preconceito; quando se ama, você gosta do outro por inteiro, sendo ele gordo, magro, não importando se tem barriga de tanquinho ou não, se passou dos “enta”, e sim da beleza interior, com o brilho nos olhos que estes amores da ordem do bem nos provocam.

Não nos encontramos coma as pessoas por acaso, talvez em vidas passadas, ou nesta mesma. O que importa é amar e ser amado por inteiro, por completo, não com regras, limites, que enfeiam o amor, onde na maioria das vezes somos mal interpretados, achando que estamos cobrando, sufocando.

Apesar dos desencontros da vida, devemos sempre recomeçar, amar, cuidar, ser companheiro; pois amar e ser amado não são “bula de remédio”, que é controlado na sua intensidade, que tem dias certos de ver o ser amado.

Quando se ama sempre se arranja tempo para dar aquela fugida no meio da semana, jantar com o outro, se encontrar todos os finais de semana, já que durante a semana não pode, contando as horas e os minutos para o reencontro.

Por isto, um Natal maravilhoso para todos que ler este texto, e um Ano Novo cheio de paz, vida, realizações, diversão, música, dança, arte e amores da ordem do bem.

Que em 2011 parta de cada um de nós, a vontade de ser feliz com um AMOR DA ORDEM DO BEM.

Teresa Bernardo
Enviado por Teresa Bernardo em 15/12/2010
Código do texto: T2673907