Mãe e Mães

“Eu Sou o primeiro, e eu Sou o último, e fora de mim não há Deus” (Isaías 44-6)

-Menino, sai da rua! Filho, vai para a escola! De ontem a hoje, exatamente do mesmo jeito. Nas mesmas palavras, a mesma súplica e a mesma abnegação. Que não causa espanto algum, a ninguém, essa irreverência até mesmo repetitiva. Só pode ser assim! Do Velho ao Novo Testamento, do Gênesis – livro dos começos – ao epílogo do Apocalipse. Mãe sempre foi assim. Candura e meiguice num único ser. Singela e Imortal. A Mãe. A de todos nós. Mães Imortais? Duvida? As mães são imortais, sim, porque – em matéria aos nossos olhos ou em espírito à nossa crença – permanecem vivas dentro de nós, tatuadas nos corações, estejam ou não presentes.

Falar sobre as mães não requer pesquisa, autodidatas são todos os filhos. Sem se questionar os grandes mistérios da Criação, as mães sempre existiram, e isso basta.

Você pode até falar – bem ou mal – do pai dos outros, mas não se atreva a falar da mãe. Os Davis têm ouvidos. Davis são todos os frágeis filhos que enfrentam os gigantes Golias da vida, na infância, principalmente, quando um ranheta filho da mãe ousa suspirar o nome da mãe da gente. É permitido, até louvável, falar das mães, mas não fale da mãe.

Que Mãe é perfeição, símbolo augusto, inspiração primeira. Amor e Mãe, mãe é amor, numa analogia mística sem querer se explicar. Incomparáveis, todas as mães, de Abigail a Zulmira, as melhores mães do mundo. Humanas e celestiais, todas elas, num coro angelical, repetem a vida inteira à mesma voz: - Menino, sai da rua! Filho, vai para a escola!

magnodelaramadeira
Enviado por magnodelaramadeira em 11/12/2010
Reeditado em 11/12/2010
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