Absinto preto e branco

Desnudo ruas antigas, saudade permitidas

no semi escuro das ruas eu vejo,

o romantismo a sombra de obeliscos,

e nas madrugadas em bocas amargas,

ressacas de noites perdidas em longas conversas.

É preciso definir o labirinto de cravos e absintos,

onde e quando ficou lá atrás a juventude,

onde a fumaça do ultimo cigarro descortinou a manhã,

e derrotada foi a ãnsia de começar outra aventura.

Sentado, alí em algum meio fio, logo depois dos apitos

em alvorada, éramos amigos, veredas e estradas,

éramos orvalhos nascidos, testemunhos da vida,

uns saudosos meninos apenas, conscientes e insanos

guardadores do tempo, que hoje não importa o profano,

apenas o que nos chega ao vento, que nos seja a paz

e o lenimento das dores que a saudade inevitavelmente

nos traria um dia. A dor mesmo que a da saudade é passageira.

Malgaxe
Enviado por Malgaxe em 21/10/2010
Reeditado em 21/10/2010
Código do texto: T2570896
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