O que nos salva?
Recentemente fui a igreja para o batismo de minha sobrinha e quando lá cheguei comecei a conversar com uma senhora sobre meu assunto preferido “os evangelhos”, claro o novo, então ela me contou sobre sua vida: “Casada a quase trinta anos, durante muitos anos enfrentou o alcoolismo do esposo, há dois anos esse se encontrava sóbrio graças ao convite do filho para que ele fosse participar de sua igreja, que é evangélica.” Até ai nada demais, certo?
Então ela me contou que durante uma confissão o padre havia dito que o casal deveria estar na mesma igreja, ela perguntou-me: “O que devo fazer?”
Minha resposta foi fazê-la pensar: _Você ama seu marido?
“_ Sim! Disse ela.”
Continuei perguntando: _ Seu marido te ama?
“_ Sim!”
_ Então qual é a duvida?
“_Ele não deveria vir pra cá?” Retrucou-me ela.
_ Será que você não deveria ir para lá?
“_ Não, sou católica desde criança!”
_ Mesmo você sendo católica seu marido nunca quis acompanhá-la a igreja, mas nunca a impediu de vir, certo?
“_ Sim!”
_ Mas ele foi à outra e lá encontrou algo que o ajudou a se livrar do vicio, ele te ama, não te obriga a ir à igreja dele, respeita sua fé, então eu te pergunto: “O que é o casamento? Seria acaso uma união de religiosos, ou a união e celebração do amor?”
“_ A celebração do amor!”
_ Então largue de bobagens e lembre-se o caminho da salvação não é a igreja, mas sim: Jesus! E Ele nunca instituiu igreja alguma e deixou claro que “onde um ou mais estivesse lá Ele estaria” e também afirmou que “ninguém irá ao Pai, senão através dele, que é o caminho, a verdade e a vida!” A igreja que devemos edificar não é de pedras; somos nós; portanto minha irmã sirva a Deus mantendo sua família unida no amor que Jesus nos ensinou e ore por esse seu padre.
Ela me abraçou, agradeceu de olhos úmidos por aquelas palavras e quis saber onde eu professava minha fé, então lhe disse que eu era espírita já há muitos anos, ela sorriu e me abraçou mais uma vez.
A missa seguiu e antes do encerramento da cerimônia o padre disse: “_ Cuidado para não caírem nas garras do espiritismo e da maçonaria, que são coisas do demônio!”
Neste instante orei com mais fé, pedindo a Deus que orientasse aquele nosso irmão que ocupava o púlpito, então ela segurando minha mão disse: “_ Não ligue, pois ele não sabe o diz! Você é uma serva do Senhor e muito obrigada por suas palavras que consolaram meu coração!”
Meu coração exultou de felicidade e meu sobrinho que nos acompanhava que é católico de pais católicos me puxou e disse: “_ Tia meu pai é maçom, ele não faz nada pro diabo, não é?”
A senhora ouviu a minha resposta: _ Não ligue, seu pai é ótimo, e só pode ser maçom quem acredita em Deus, reze pelo padre ele hoje não está bem! E sorri, meu sobrinho de nove anos se acalmou e a senhora se emocionou.
Então vos pergunto: _ O que nos salva? Dogmas, igrejas, cerimônias, confissões, o pagamento do dizimo,... OU o sublime EXERCÍCIO DO AMOR?
Pensem e reflitam! Um imenso abraço fraterno!