Historieta: Um encontro com Deus às avessas... (Capitulo VII)

_ Ola! Disse o coveiro.

_ Que susto! Disse Gabriel pulando para trás.

_ Vim aqui para dizer que tem uma vaga de emprego nesta empresa e entregou-lhe um recorte de jornal.

_ O que queres?

_ Que vá lá e que arrume o emprego, pois senão como vai casar-se com a Pérola?

_ Você sabia o nome dela?

_ Mas é claro! Eu conheço todo mundo aqui do bairro.

_ Você disse que eu posso casar com ela, mas quando você vai vir me buscar?

_ Não será agora, eu lhe garanto, vou deixar você ficar velho, então aproveite.

O coveiro foi embora, mas Gabriel não conseguiu dormir, assim que o sol raiou, ele saiu e a dona da casa lhe disse:

_Olha seu amigo teve ai e deixou essas coisas pra você! E apontou para uma caixa.

Gabriel levou a caixa para o quarto e viu inúmeras peças de roupa muito boas, e até um frasco de perfume dos bons.

Ele então se vestiu e foi para a empresa em busca do emprego e quando foi anunciado pela secretária o dono pediu para falar com ele pessoalmente.

_ Que honra é recebê-lo aqui Gabriel! Disse o homem entusiasmado.

_ Quem é o senhor? Perguntou ele.

_ Sou um amigo de seu pai. Fiquei muito triste quando soube de sua morte, tentei localiza-lo, mas você havia sumido, mas o que trás você aqui?

_ O emprego! Respondeu ele meio emocionado.

_ Ele é seu! Fico muito feliz de ter aqui em minha empresa o filho de um amigo querido. Você sabia que o seu pai tinha muito orgulho de você?

_ Não senhor! Ele nunca me disse nada... As lágrimas embargavam a voz de Gabriel.

_ Ele era muito orgulhoso para lhe dizer isso filho! E aquele homem de idade avançada o abraçou como se fosse um pai.

Gabriel retribuiu o abraço e agradeceu.

_ Filho trabalhe direito e tudo dará certo.

E chamando a secretária mandou-a convocar o encarregado de tudo para vir a sua sala.

Entrou na sala um homem franzino, mas muito alegre que disse:

_ O que foi chefe?

_ Quero que apresente a empresa ao Gabriel...

_ Esse é o filho do senhor Joaquim...? E completando o nome com o sobrenome, com os olhos alardeou felicidade ao ver o jovem.

_ É ele! Respondeu o chefe.

_ Seu pai foi um grande amigo e tinha muito orgulho de você! Disse o senhor Junqueira estendendo-lhe a mão.

_ Obrigado!

_ Apresente pra ele tudo e informe sobre o trabalho que o espera.

Gabriel estava feliz e o seu patrão também.

Então foi esperar Pérola e depois leva-la a lanchonete para uma limonada gelada.

O tempo passou...

E ao final de um mês Gabriel fez o pedido e casou-se com Pérola em uma bela e singela cerimônia, onde estavam presentes: o seu chefe, Junqueira, a dona da casa onde ele vivia, Ana, mas o coveiro não compareceu.

Continua...