Historieta: Um encontro com Deus às avessas... (Capitulo V)

O coveiro decidido a acabar com o sofrimento do amigo teve umas idéias e no cair da noite finalizou os seus planos.

Enquanto isso a nossa bela morena lamenta que nenhum homem consiga dirigir-se a ela, que não tenha namorado, nem ao menos um pretendente.

_ Meu Deus eu desejo ter alguém que fale comigo! Eu darei todas as chances aquele que falar comigo.

Fala ouvida e registrada pelo coveiro que visitava a casa que fazia fundos com a casa da morena.

Então naquela noite aconteceria o tal encontro.

A meia noite o coveiro acordou Gabriel e lhe disse:

_ Boa noite! O que deseja comigo?

_ Nada. Eu só quero dormir.

_ Olha estive a te observar, e você vive a me chamar, o que quer? Insistia o coveiro fazendo uma voz sinistra.

_ Quem é você? Disse Gabriel sentando na cama.

_ Sou o diabo! E soltou uma risada macabra.

_ Valei-me Deus! Disse Gabriel.

_ Ora! Mas afinal com quem você deseja falar?

_ Eu... Eu... Eu... Gaguejava sem parar.

_ Tudo bem! Eu já sei você quer a morena.

_ Isso!

_ Você amanhã no fim da tarde vai falar com ela.

_ Mas eu não consigo.

_ Você vai falar com ela, porque senão eu vou levá-la pra mim.

_ Isso não, por favor, pelo amor de Deus!

_ Ora, mas o que é isso?

_ Você está me enganando? Perguntou Gabriel.

_ Não! E até te trouxe um presente. E entregando um pacote que Gabriel abriu rapidamente.

_ Um terno?

_ Mas é claro como espera se encontrar com ela? Como um mendigo.

_ É italiano?

_ Sim! Afinal eu sou o diabo, graças a Deus.

_ Como?

_ É o hábito! Disse o coveiro rindo e entregando um embrulho com os sapatos.

_ Sapatos?

_ Claro! Ou pensou que podia ir até ela descalço?

_ Você pensa em tudo!

_ Ora! Ora eu sou o...

_ Já sei! Disse Gabriel.

_ Mas um detalhe depois que falar com ela não poderá vir para o cemitério, então deverá ir a este endereço, onde um quarto já foi providenciado para você.

_ Obrigado!

_ Mas tarde cobrarei. Mais uma coisa tome um banho, pois você fede a gambá morto. Cruz credo que cheirinho ruim esse seu!

_ Mas você não está acostumado?

_ Ora! Eu sou o...

_ Já sei!

_ Pois bem! Eu tenho olfato e espero que ela também.

_ Eu vou conseguir falar com ela?

_ Assim espero!

_ Muito obrigado!

_ Tudo bem. Vá com Deus!

_ Como?

_ É o hábito. Já disse!

Continua...