APENAS UMA CONVERSA NA INTIMIDADE...

Orar é dialogar, conversar. Quando Jesus aconselha a "vigiar e orar sem cesar" quiz estimular as pessoas a manter uma intensidade em si mesmas para encontrar o divino, porque orando há uma ausência do próprio ser que se projeta em algo maior que ele. Nada místico, apenas divino, espiritual. É como está ligado numa comunicação 24 horas por dia com a melhor pessoa do mundo, eu mesmo. Isso está explicito quando Jesus diz para "renunciar a nós mesmos...". É a maneira de se exorcitar, sem histeria, claro, mas com uma educação dinâmica, intensa, metódica: falo e ouço o que falo, ou ouço alguém com quem falo. Isso é profundamente individual, espiritual, divino. É imaginário? Talvez. O importante é que a experiência é real para quem ora, para quem realmente consegue se isolar num momento de entronização com algo maior que ele mesmo, Deus. Algo que a pessoa não pode tocar, mas pode sentir, não o vê, mas o ouve responder, e sabe que este algo o está ouvindo. Isso é orar. Em todas as religiões, seitas e denominações há métodos, regras, estratégias para se praticar a oração. Como também há depoimentos, testemunhos daqueles que vivenciaram essa experiência, seja em pouca intensidade, ou muita intensidade. E isso ninguém pode contestar, uma vez que depende da experiência de cada um, não deixando argumentos nem para a ciência contestar, desmentir. É uma experiência única, ímpar, que acontece dentro do próprio ser, o meu eu. Orar não é apenas um jogo de palavras, ou um amontoado de frases, mas sim a expressão fatídica dos seres contando o que há de mais íntimos em si mesmos.