Pobre travesseiro
Faz muita companhia e até consegue aquietar o sono.
Mas e quando a raiva nos domina?
Era melhor entrar em coma profundo e deixar que ela tomasse um rumo.
Ele vira alvo de nossa ira mais rebelde adormecida e mentalizamos aquela pessoa nos fez em mil pedaços em nosso maior inimigo ou obsessor.
Jogamos na parede. Rasgamos sua "roupa". Uns até colocam fogo. Muitas vezes parece que estamos num ringue - só que ele é peso pena.
E no silêncio da madrugada, porque a noite já se foi a muito, parece que ele está numa correnteza de tanta lágrima que derrubamos.
Um ser inanimado que deveria ter voz de vez em quando.
Ainda bem que a raiva de muitos pode ser descontada num montão de espumas...