Ainda bem que te " perdi"

Assim pude me encontrar.

Vivia numa prisão sem muros e sem regras. Onde só o que importava era o egoísmo mútuo. Participei ativamente dessa falsa felicidade.

Ainda bem que o tempo cura e liberta.

Te " perdendo" encontrei o amor maior que ninguém pode nos tirar e que não abrirei jamais mão.

Não vou me lançar ao mar sem salva-vida nem bote nem colete.

Agora eu me protejo das tempedastes levando sempre comigo a esperança e a sabedoria que um dia, eu mesma, por pura insistência burra não quis acreditar.

A contemplação que eu achei que tinha por seus olhos era apenas uma ideia fixa de querer alguém do meu lado que se mostrou " mais um."

Parece loucura. A melhor parte disso tudo foi o desfecho. O fim só é trágico para quem se domina por ele. Eu não. Sou muito mais forte do que se pensa. Afinal eu tenho um amor maior.

Tenho hoje Amor e Dor.

Dor que cura e liberta mas dor descoberta. Sem panos e véus ou com choros e mel.

Dor que tira a razão mas sabe a emoção.

A cortina da verdade abriu e o olho enxergou.

Como é doce e suave o sabor da verdadeira descoberta.

Luciana Menezes
Enviado por Luciana Menezes em 03/10/2010
Reeditado em 22/10/2010
Código do texto: T2535818