FUTURO DA EDUCAÇÃO
Ninguém só educa e ninguém só é educado o tempo todo.
Já é tempo dos professores tirarem a armadura e aceitar que apesar do diploma e da experiência em sala de aula, não é detentor da única e exclusiva sabedoria.
Os alunos estão cada vez mais bem informados, sobre quase tudo sabem um pouco, e é nessa “onda” que o professor deve surfar.
O ensino-aprendizagem não se da somente dentro da sala de aula ou nas páginas dos livros didáticos, numa conversa, educador e educando podem compartilhar idéias, experiências engrandecedoras que pode se tornar uma excelente prática de ensino.
Os educadores tradicionais podem achar isso ridículo, afinal o que pode uma criança ou adolescente ter para ensinar a um professor formado e com anos de profissão?
Mas esses professores podem se surpreender com algumas idéias que saem das cabecinhas de seus alunos, o que falta é o estimulo para que esses alunos falem, apareçam e se tornem críticos capazes de dizer o que querem.
Muitos de nossos alunos sairão das escolas assim como entraram, imperceptíveis, porque não foram estimulados, não desenvolveram sua criatividade, foram meros expectadores das antigas e frustrantes aulas.
Mas por quê? Porque os mestres não mudam?
Nosso modelo educacional é falido, por incrível que pareça temos muitos professores formados, pós-graduado e até doutores, que saem das universidades cheios de gás e idéias revolucionárias, mas quando entram nas escolas públicas são envolvidos num modelo de ensino que visa exclusivamente o engrandecimento do ator que fala ( professor) e da mera participação do coadjuvante que escuta ( aluno).
O que os mestres querem? Formar adultos passivos a qualquer informação ou cidadãos críticos e autônomos capazes de transformar sua realidade?
Deixar-se educar por nossos alunos não é perder o controle da sala de aula e nem deixar de dar a aula de sua matéria, mas sim compartilhar responsabilidades, idéias e administrar saberes que contribuirão para o sucesso dessa difícil caminhada que é educar e ser educado.