Pela vida - contra o aborto!
O aborto no Brasil é crime. Esta no rol dos crimes cometidos contra a pessoa e contra a vida. É punível o aborto praticado pela gestante, com ou sem o consentimento dela e com auxílio de outra pessoa (art. 124, 125, 126 do Código Penal). Há ainda duas formas em que o aborto deixa de ser punido, mas não deixa de ser crime: o caso em que não haja outra forma de salvar a vida da mãe e o caso em que seja uma gravidez decorrente de estupro com o consentimento da gestante ou, se ela não puder expressar sua vontade, com o aval do responsável legal. Isso através de consentimento judicial e unicamente praticado por médico (art. 128, incisos I e II do Código Penal). É assim que é e deve continuar sendo.
Não é preciso ser Cristão para perceber que o ABORTO é uma maldição, mas como Cristão e como ser humano, sou totalmente contra essa prática. O Brasil é um país de maioria cristã, e nossos princípios são incompatíveis com essa conduta.
Não há nada mais precioso que a vida e sobretudo a vida humana, pois esta é dotada de inteligência, racionalidade, criatividade e singularidade. O ser humano é único. Não há no universo outra espécie que se assemelhe a ele, portanto sua dignidade deve ser preservada. A dignidade da pessoa humana em nossa Lei Maior, a Constituição de 88, em seu artigo 1º e inciso III, é estabelecida como fundamento do Estado Brasileiro. Vê-se ruir um edifício ao se destruir seus fundamentos, isto é, legalizar ou facultar o aborto é o início da desconstrução de nossos fundamentos éticos, morais e sociais que deram origem à nação brasileira.
Concordo que a lei deve ser dinâmica como os anseios da sociedade, mas abortar não é evolução, é o retrocesso à barbárie. E como se perdêssemos completamente a racionalidade.
Falar de dignidade humana, de modo analógico, não exclui o ser humano integral. Numa singela concepção pessoal, penso que não há o que se discutir quanto ao início da vida, a vida preexiste ao nascimento na forma de mãe e pai.
Religiões, filosofias e ciências discutem o momento da fecundidade, querendo entender em qual momento um espírito entra no feto ou se ao nascer ou se ao chorar. Qual o início da vida? Discutir o momento da fecundidade como o momento do início de uma nova vida é desprezar a vida humana em sua essência. Quem disse que o esperma e o óvulo materno não estavam vivos antes da fecundação? É preciso ter a sensibilidade de perceber que a morte não gera a vida, sendo esta, portanto, uma continuidade ininterrupta da existência natural. Somente a vida é capaz de dar origem a outra vida, sendo esta uma continuidade daquela, um ciclo glorioso que ninguém tem o direito de quebrar, legalizar ou facultar sua quebra.
Nós, seres humanos, não descartamos os membros de nossos corpos ao relento como ocorre entre os animais. Nós respeitamos os nossos entes e mantemos sua dignidade na vida e na morte. Não desonramos a memória de nossos mortos. Porque haveríamos de nos portar com tanto desprezo com a vida?
Ainda relembrando as clausulas pétreas que resguardam os direitos e garantias fundamentais dentro da Magna Carta, no artigo 5º e inciso III, em que se lê “ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante”, podemos falar em tratamento mais desumano a que um bebê é submetido num aborto?
Uma gestação é fruto de uma união, onde duas vidas se fundem em uma. Quando uma mulher decide por sua livre escolha estar com um homem, ela não pode ser inocentada de sua responsabilidade enquanto genitora, para penalizar um feto. Podemos até planejar o momento em que queremos um bebê, mas jamais tirá-lo à força por nossa liberalidade e luxúria o fruto de nossa atitude procriadora.
Eu considero que as pessoas tem o livre arbítrio para pensar o sexo como diversão ou procriação, isso é uma decisão pessoal que não interfere na vida dos outros, se é pecado ou não cabe à consciência de cada um que deve agir conforme aquilo que acredita. Particularmente vejo no sexo promíscuo forte degradação moral, irresponsável e capaz de despojar o ser humano de sua dignidade e amor próprio. Sexo é para ser feito com amor e amor é responsabilidade e respeito para consigo e para com o outro, menos que isso é insanidade.
Fato é que no momento em que se reacende o debate sobre legalização/facultação do Aborto no Brasil e ao temermos que os novos políticos articulem e aprovem tal, sentimo-nos na obrigação de nos posicionarmos publicamente para dizer que somos terminantemente contra esse absurdo. Não se trata apenas de um posicionamento cristão ou dogmático. É sobretudo, um posicionamento humano e pela vida. Pois ninguém tem o direito a tirar a vida humana.