Historieta: A arte de educar... (Capitulo XVIII)

Com o passar dos dias, meses e anos... Armando e Ligia acabaram se aproximando e ao final de um ano e meio estavam casados e criando juntos o seu filho Carlinhos.

Ana estava muito feliz, pois seus amigos se reencontravam consigo mesmo e com a felicidade.

Alexa estava namorando e com data marcada para o casório, Antonia e o esposo tinham adotado um menino e estavam tirando de letra a tarefa de educar com amor.

Seu filho Joaquim era o orador da turma, tinha idéias claras, justas e sabia se conduzir diante de qualquer situação, era tranqüilo e confiante e assim adentrava aquele ano.

Cristina parecia ter a verve dos advogados, pois em tudo tomava partido e fazia grandes exposições.

Ana e Pedro viviam seus melhores momentos, estavam muito felizes, foi neste estado de ânimo que Ana e Gustavo sofreram um acidente de carro.

Era janeiro... O céu estava límpido e o sol raiava luminoso sobre todas as criaturas quando o Pai Maior achou imprescindível a presença em sua casa de um de seus filhos amados... O coração do menino parou de bater... O sorriso doce silenciara... Ana em coma despertou no momento exato em que o Senhor da Vida lhe solicitava mais um testemunho de amor...

Quando seu esposo Pedro adentrou na UTI para a visita do dia, Ana estava desperta e pediu a ele que orasse com ela, então seus pensamentos se elevaram a Deus e sem que ninguém lhe tivesse informado sobre a partida de seu filho amado, ela orou assim:

“Pai amantíssimo recolha em seu sublime amor o filho que me confiaste... Espero tê-lo amado e ensinado tudo de bom que podia... Que o Senhor fortaleça os nossos corações para seguirmos em frente sem vacilarmos!”

E interrompendo a prece espontânea rogou ao Céu como fizera o próprio Jesus, dizendo:

“Pai Nosso que estais em toda a parte... Santificado seja o Teu nome de Amor e de luz... Venha a nós o teu reino de amor, fraternidade, solidariedade e Paz... Seja feita a Sua Vontade no universo e em nossa intimidade... Dai-nos Pai a coragem para buscarmos no trabalho material o sustento do corpo e no trabalho espiritual o sustento da alma... Dai-nos força e coragem para perdoarmos os nossos irmãos em falta conosco, para nos perdoarmos e principalmente para repararmos o mal que praticamos... Dai-nos discernimento para não cairmos em tentação, fortalecei-nos para que não caiamos no mal, e coragem para trilharmos o caminho do bem sempre... Que assim seja Senhor!”

Pedro abraçava a esposa e ela sorria dizendo:

_ Eu sei que meu filho está bem e isso me basta!

Pedro não disse nada, apenas a beijou.

Em uma cadeira de rodas compareceu a Capela para despedir-se do corpo de seu filho e para animar os filhos, amigos e companheiro.

A todo o momento ela convocava os presentes a orarem.

Continua...