Historieta: O resgate do amor... (Capitulo IV - Final)

Dona Solange era a novata do grupo e depois das preces e palavras iniciais o padre passou a palavra aquela senhora que fora então reconhecida por André que havia se sentado lá na frente junto ao pai.

_ Hoje venho aqui para agradecer a um menino que me levou esperança em um dia frio de domingo. E virando-se para André com imenso carinho expresso nas lágrimas que desejavam cair disse:

_ Obrigada meu filho por sua visita nem sabe quanto bem me fizeste.

_ Eu é que agradeço a oportunidade que tive de servir a Deus através da senhora.

_ Eu vou lhes contar o tamanho do bem que esse menino me fez.

E suspirando buscou as palavras certas para narrar sua história.

_ Casei-me jovem com um belo homem, bom e generoso, Deus não nos oportunizou filhos, e por mais de uma vez tentamos a adoção, mas essa não nos foi concedida, então trabalhávamos e nossa casa vez por outra servia de abrigo para as crianças da rua, mas essas também eram passageiras e por lá não ficavam muito tempo.

Parou uns instantes para enxugar a face e os olhos que lagrimejavam. Suspirando continuou:

_ Tínhamos muitos amigos, vários deles já retornaram para junto de Deus e os outros foram embora para outras cidades e estados, então há dois anos me vi totalmente só, pois meu companheiro de mais de 60 anos de união havia retornado a Casa do Pai...

Lágrimas abundantes interrompem o relato. Depois de alguns minutos ela recomeça:

_ Diante de todas essas dores eu tomei uma decisão iria me matar. Subi ao sótão, amarrei uma corda numa grande viga do telhado, levei uma cadeira e já me preparava para o salto mortal quando a campainha tocou insistente. Esperei alguns minutos, mas a pessoa não desistia e depois de um tempo já batia na própria porta...

Todos no grupo choravam e André agradecia a Deus pela oportunidade do serviço vitorioso.

Depois de alguns minutos ela continuou:

_ Resolvi descer e ver o que era, pois estava frio e garoando e podia ser uma criança precisando de mim, mas qual não foi minha surpresa ao ver que era um anjo, que estava ali para me socorrer...

Nova pausa para o liberar das emoções. Refazendo-se continua:

_ Ele me disse algo e me entregou um folhetim, se despediu e partiu, olhei-o até ele sumir lá no fim da rua, onde ainda acenou para mim. Entrei li e reli aquele folhetim que falava do amor de Deus por todos os seus filhos, naquele momento me senti especial, pois Deus me enviará o socorro...

_ Senhora qual o seu nome? Perguntou André.

_ Solange!

_ Tenha a certeza que o Senhor a ama muito mesmo, pois naquele dia eu quase não sai e haviam outras casas nas quais eu poderia ter entregue aquele ultimo folhetim, mas como se algo me chamasse em direção a ultima casa da rua, depois de tocar algumas vezes quase fui embora, mas havia algo que prendia ali, agora sei que era Jesus me pedindo para ajuda-la.

Ambos se abraçaram e as lágrimas correram soltas naquele grupo de oração.

O tempo passou e laços de amizade e amor se fizeram presentes entre a família de André e dona Solange, que fora por eles adotada como avó do coração.

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Podem dizer o que quiserem, porém Deus jamais abandona os seus filhos.

O Senhor da Vinha aproveitasse da boa vontade em servir de muitos irmãos independentes de suas religiões para socorrer e impedir que alguns irmãos sucumbam diante das dores e provas do caminho.

Estejamos todos alertas ao chamamento do amor, pois o resgate pode se fazer necessário a qualquer instante.

Pode ser:

Dentro de um ônibus;

No seu serviço;

Na sua casa;

Na rua:

Em sua vizinhança;

Preste atenção ao convite do Senhor!

Lembre-se o resgate do amor acontece todos os dias em nossas vidas!

Um imenso abraço fraterno!