Historieta: O resgate do amor... (Capitulo III)

Após dois domingos daquela belíssima conversa com padre Augusto era domingo mais uma vez, dia de realizar o trabalho de entregar folhetins nas ruas e em algumas casas do bairro. O dia estava gelado e ainda por cima caia sobre a cidade uma garoa fina.

Não precisamos nem dizer que o nobre pai de André, seu Álvaro não estava muito a fim de sair de casa naquele domingo.

Na hora marcada André já estava pronto e ao ver o pai sentado de pijama na frente da TV perguntou-lhe:

_ Papai o senhor ainda não está pronto?

_ Pronto para que meu filho? Disse o pai.

Ao que dona Margarida fez um gesto de reprovação com um levantar de sobrancelhas daqueles, mas seu Álvaro não se intimidou.

_ O senhor não vai entregar folhetins comigo? Perguntou o menino.

_ Hoje está muito frio?

_ É só nos agasalharmos bem!

_ Está garoando!

_ Eu estou de capa papai!

_ Eu estou cansado hoje filho.

_ Tudo bem, papai! Eu irei sozinho hoje e farei o serviço por nós dois, certo? Perguntou o menino.

_ Tudo bem filho, mas não demore a voltar, certo?

_ Sim! Obrigado papai! Disse André antes de beijar sua mãe orgulhosa, que se não fosse a sua condição de saúde teria acompanhado o filho naquele dia.

_ Vá com Deus meu filho! E que Ele te abençoe!

As ruas estavam desertas, não havia ninguém em lugar nenhum. Então André passou a bater de porta em porta e assim que as portas iam se abrindo ele dizia com um sorriso nos lábios:

_ Jesus te ama e está te esperando!

_ Amém! Respondiam alguns.

_ Tome um folhetim para ler durante a semana e tenha uma ótima semana!

E assim ele foi de casa em casa, bateu de porta em porta até que sobrará um último folheto e ele olhou em volta e escolheu a casa do fim da rua para entregar aquele folhetim, pulou várias casas e em poucos minutos se apresentou diante de uma enorme porta de madeira talhada com desenhos da natureza.

Tocou a campainha, esperou, tocou-a novamente e esperou, mas nada ninguém saia.

Sentiu vontade ir embora, mas como se força invisível lhe disse-se:

_ Por favor, insista!

E ouvindo esse apelo que chegava ao seu coração insistiu batendo na porta com força.

Depois de alguns minutos surgiu uma senhora de idade que lhe perguntou:

_ O que desejas menino?

_ Senhora eu vim lhe dizer que Jesus te ama e espera pela senhora no tempo certo! André estranhou a frase que saia de sua boca, mas sorriu ao perceber que a senhora estava emocionada.

_ Obrigada menino!

_ Gostaria de lhe dar um folhetim para que renove suas esperanças e para que seja feliz!

_ Obrigada! Disse ela tremula ao pegar o papel.

André sorriu e partiu feliz, sentindo algo mágico dentro de si e durante todo o caminho orou por aquela senhora e ao vira a rua percebeu que a senhora ainda o observava de sua porta e então acenou e se foi.

Chegou em casa feliz, jantou e dormiu.

Durante a noite sonhou-se diante de um velhinho que lhe agradecia o trabalho realizado em sua casa.

Ao acordar ficará intrigado com o sonho. Chegou a comentar com o seu pai, mas este nada disse a respeito.

O tempo passou e era novamente dia de reunião no grupo de oração, mas naquele dia havia uma senhora que era nova no grupo, e que pediu ao padre para participar daquele momento, pois tinha algo a relatar.

Continua...