O LIVRO QUE EU GOSTARIA DE LER
O livro que eu gostaria de ler não existe, não passou pela terra nenhum escritor que o escrevesse.
Gosto de ler livros de português, onde há tantas histórias e ensinamentos quanto às palavras, mas neste mundo nem tudo é português.
Aprecio livros de história, porque fico conhecendo importantes fatos passados, porém nem tudo é história.
Quando tenho em minhas mãos livros de geografia, tomo conhecimento das eras geológicas, dos astros, é muito interessante, contudo, geografia também não é tudo.
Quando leio livros de Ciências, fico satisfeita em aprender tantas coisas a respeito dos seres, mas saber ciência não é saber tudo.
Ao ler uma obra de Educação Moral fico contente, pois aprendo a educar-me, cultivando o bem e evitando o mal, sinto crescer em mim o sentimento de civismo para com a Pátria. Mas a moral e o civismo também não são toda a cultura.
Os compêndios de francês não deixam de ser interessantes, no entanto, a humanidade fala diversas línguas.
Tenho paixão pela poesia, quando posso leio livros poéticos, mas a poesia é apenas uma parcela da literatura.
Leio livros de temas espirituais e sinto cada vez mais a existência da minha alma, porém, o homem não é só alma e sim alma e corpo.
O mundo exposto aos nossos olhos parece ser um grande livro aberto, mas ninguém o conhece inteiramente.
Tudo que existe tem uma explicação concreta e detalhada que encontramos nos mais diferentes tipos de livros.
Gostaria de ler todos os bons gêneros de livros que existem, no entanto, não ficaria completamente satisfeita, pois o que haveria em um não existiria no outro.
O livro que eu gostaria de ler teria que ser completíssimo. Precisaria conter todas as matérias que existem, todos os idiomas, tudo que é espiritual.
Esse livro ensinaria a cantar a alegria, a ecoar a voz do amor, a fazer brilhar a paz no mundo. Ensinaria a todos a amarem a verdade, destruiria a ignorância em todos os aspectos, seria como um imã que atrairia toda a humanidade para o caminho do bem.
A meu sonhado livro, tu haverias de ser tão perfeito!
Mas refletindo bem pergunto-me: Quem escreveria esse livro e que tamanho teria?
Por mais sábio que fosse o escritor, não conseguiria escrevê-lo, não teria tempo.
E se uma sucessão de escritores o compusesse eu não chegaria a lê-lo inteiramente.
A vida é tão passageira e quando eu estivesse ainda no princípio da leitura iria deste mundo.
E, assim pensando chego a esta conclusão:
O livro que eu gostaria de ler, nunca o lerei nem ninguém.
15.05.1972
Este texto alcançou o 1º lugar no concurso de redação do colégio onde eu cursava a 6ª série do primeiro grau.
O livro que eu gostaria de ler não existe, não passou pela terra nenhum escritor que o escrevesse.
Gosto de ler livros de português, onde há tantas histórias e ensinamentos quanto às palavras, mas neste mundo nem tudo é português.
Aprecio livros de história, porque fico conhecendo importantes fatos passados, porém nem tudo é história.
Quando tenho em minhas mãos livros de geografia, tomo conhecimento das eras geológicas, dos astros, é muito interessante, contudo, geografia também não é tudo.
Quando leio livros de Ciências, fico satisfeita em aprender tantas coisas a respeito dos seres, mas saber ciência não é saber tudo.
Ao ler uma obra de Educação Moral fico contente, pois aprendo a educar-me, cultivando o bem e evitando o mal, sinto crescer em mim o sentimento de civismo para com a Pátria. Mas a moral e o civismo também não são toda a cultura.
Os compêndios de francês não deixam de ser interessantes, no entanto, a humanidade fala diversas línguas.
Tenho paixão pela poesia, quando posso leio livros poéticos, mas a poesia é apenas uma parcela da literatura.
Leio livros de temas espirituais e sinto cada vez mais a existência da minha alma, porém, o homem não é só alma e sim alma e corpo.
O mundo exposto aos nossos olhos parece ser um grande livro aberto, mas ninguém o conhece inteiramente.
Tudo que existe tem uma explicação concreta e detalhada que encontramos nos mais diferentes tipos de livros.
Gostaria de ler todos os bons gêneros de livros que existem, no entanto, não ficaria completamente satisfeita, pois o que haveria em um não existiria no outro.
O livro que eu gostaria de ler teria que ser completíssimo. Precisaria conter todas as matérias que existem, todos os idiomas, tudo que é espiritual.
Esse livro ensinaria a cantar a alegria, a ecoar a voz do amor, a fazer brilhar a paz no mundo. Ensinaria a todos a amarem a verdade, destruiria a ignorância em todos os aspectos, seria como um imã que atrairia toda a humanidade para o caminho do bem.
A meu sonhado livro, tu haverias de ser tão perfeito!
Mas refletindo bem pergunto-me: Quem escreveria esse livro e que tamanho teria?
Por mais sábio que fosse o escritor, não conseguiria escrevê-lo, não teria tempo.
E se uma sucessão de escritores o compusesse eu não chegaria a lê-lo inteiramente.
A vida é tão passageira e quando eu estivesse ainda no princípio da leitura iria deste mundo.
E, assim pensando chego a esta conclusão:
O livro que eu gostaria de ler, nunca o lerei nem ninguém.
15.05.1972
Este texto alcançou o 1º lugar no concurso de redação do colégio onde eu cursava a 6ª série do primeiro grau.