Tragédia do Haití

Culpar as chuvas é demagogia, pior ainda se tratando de significativas catástrofes naturais que por ela foi concedida. A água, sangue e vida da natureza, apenas dá lição e pune os opressores ambientais com seu devastador índice apocalíptico. Dor, luta pela sobrevivência, morte. Sentimentos abstratos que por um segundo denotou-se no mais real de todos os sentidos. Portanto,digo,o Haiti foi apenas mais uma vítima da tragédia que assola o mundo inteiro: o terremoto.

Viviam em um real Darwinismo Social: saques, socos, brigas e uma única lei, a dos mais fortes. A cada resgate, a esperança do reencontro da pessoa esperada, ou a constante depressão de perda.

Dizem que não aprendemos com as ruínas, entretanto, venho contrapor essa ideia dizendo que ruína é fundamental, pois, é a hora do retorno, do recomeço. Logo, não digo que ruína é, sobretudo um desmoronamento ou um destroço, uma queda ou uma decadência completa. Digo claramente o contrário: é uma hipótese de sofrimento - não apenas desistir e acreditar que não há mais o centro das coisas.

Grandes foram às perdas materiais, sentimentais e psicológicas. Crianças órfãs, pais chorando sobre os corpos dos filhos, pessoas catando os restos dos destroços das casas. Com certeza, é utopia pensar que depois desse caos demolidor o país sairá ileso, sem nenhum dano social e estrutural.

Trabalhos, estudos profundos tentam descobrir o porquê desses contínuos terremotos. Digo-lhe amigo - vendo tudo isso - talvez seja castigo divino, vitimando o homem por seus atos ilegais na terra: desmatando,queimando,apoderando-se do uso inapropriado da natureza, agravando consequentemente o aquecimento global. Logo, provocando vibração ou abalo na crosta terrestre: o terremoto.

Contudo, estamos cansados de saber que a vida é movida a complexidade reais, portanto, pensemos semelhante a Lavoisier: ''nada se cria nada se perde tudo se transforma. ''

Karla Furtado
Enviado por Karla Furtado em 31/07/2010
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