À sombra da ousadia

Alguns de nós, muitas vezes, deixamos que os valores das outras pessoas exerçam alguma influência sobre as nossas formas de agir e pensar, esquecendo-nos de que o mundo pode fazer com que tomemos uma outra forma de ser. Mas sermos melhores ou piores? O grande problema é que, por vezes, tornamo-nos melhores apenas aos olhos do mundo e, no entanto, tornar-se melhor em relação ao "exterior" pode nos prejudicar muito, fazendo com que nos vejamos, constantemente, diante de alguns dilemas que parecem não ter fim.

Desse modo, submissos ao olhar do mundo, inconscientemente, alguns preferem ficar assistindo às decisões corajosas de outros, e doam-se a fim de fazer bem aos que amam, alimentando-se da alegria dos que tiveram coragem suficiente para, além de descobrir o que era necessário para solucionar algum problema ou findar algum sofrimento, fê-lo com ousadia e sabedoria; fê-lo por amor, por preocupação, por proteção ou, simplesmente, pela necessidade de se sentir livre daqueles pensamentos confusos que o consumiam a mente, pela vontade de fazer da vida algo inusitado, desprendendo-se do passado e deixando todas as portas abertas, ao analisar o futuro.

O mais interessante é ver que, por mais que, algumas vezes, limitemo-nos aos erros do passado ou aos nossos planos, podemos ser felizes. “O amanhã” e “o ontem” são importantes, mas é essencial a percepção e a compreensão de que o dia de hoje já foi tido como “o amanhã” e que ainda será tido como “o ontem“, então, apenas viva, não permita que o tempo sobreponha-se à sua sede de felicidade e realização, ame, faça bem a quem puder, inclusive a si mesmo, tente se doar sem esperar algo em troca, saiba conciliar a razão e a emoção, tema o mínimo possível e OUSE, mesmo que, para isso, você precise correr o risco de sofrer.

Acira
Enviado por Acira em 27/07/2010
Reeditado em 14/10/2011
Código do texto: T2402722
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