III – O Teólogo e aluna (a verdade).
Assim que a jovem saiu o jovem teólogo ficou a pensar sobre como Deus nos testava em nossa fé.
_ Imagine se ele cairia em algo assim! Dizia ele para consigo mesmo.
Durante a noite sonhara com o seu pai que já havia morrido há muito tempo e este lhe dizia:
_ Filho, confie em Deus, pois Ele nunca nos desampara, Ele sempre envia os seus anjos em nosso socorro.
E continuava afagando seus cabelos:
_ Sua angustia sentida na busca da verdade comoveu o Pai, e Ele lhe enviou o socorro.
Assim que despertou na manhã seguinte tinha a certeza de que deveria socorrer aquela alma, que com certeza estava sobre alguma influencia, trazia consigo a lembrança do sonho, que estava claro e cristalino. Com certeza ele deveria ser o anjo a socorrer aquela jovem assim pensava ele quando seguiu para a tal residência.
Foi recebido pela dona da casa com imensa alegria, já na sala viu o retrato da jovem Mariana e então disse a mãe:
_ Vim aqui para conversar com Mariana e com vocês. Disse o teólogo.
_ Quer dizer que veio conversar conosco sobre Mariana?
_ Com vocês e com ela também. Disse o teólogo.
_ O senhor está de brincadeira? Perguntou o pai.
_ Não!
Mas vendo que os pais não paravam de chorar, perguntou:
_ O que há com vocês? Há dias converso com Mariana que a principio disse estar interessada em aprender sobre a bíblia, mas depois começou a questionar Deus, sua bondade, sua perfeição e acabou por afirmar que vivemos várias vidas em muitos mundos. Isso muito me preocupou, então vim falar com vocês e com ela, pois isso não é pregado na igreja.
_ Senhor se isso aconteceu de verdade todos nós deveremos repensar no que acreditamos, pois nossa filha Mariana morreu há cinco meses. Disse o pai chorando.
O teólogo sentiu tudo rodar, seu coração pulsava descompassado. Seus pensamentos não conseguiam formular uma prece, pois estavam confusos.
Ele caiu no sofá, acordando mais tarde numa cama e logo que abriu os olhos viu um rosto familiar era o padre da paróquia onde ele estudava e se preparava para servir a Deus como sacerdote.
_ Padre, o que há comigo? Eu a toquei, nós sorrimos, conversamos, ela era real? Responda-me padre! Pedia ele suplicante.
_ Deus muitas vezes nos envia seus anjos para nos despertar para as nossas responsabilidades maiores.
_ O que o senhor disse? Perguntou ele sentando na cama, bastante angustiado ao se lembrar das palavras de seu pai no sonho.
E o padre repetiu a frase e acrescentou:
_ Talvez você não deva se tornar padre, mas sim outra coisa.
_ Que coisa?
_ Há muitos caminhos para a casa do Pai.
_ O que o senhor quer dizer?
_ Que a religião não importa se você realmente buscar servir a Deus e aos teus irmãos aqui na Terra.
O padre era um homem experiente e experimentado na arte da fé verdadeira, não tinha preconceitos, vivia os preceitos do Cristo em qualquer situação.
Naquela cidadezinha ele era amado por todos, católicos ou não. Era um verdadeiro emissário do Senhor sobre a Terra trabalhava sempre em prol do amor e do bem maior, não falava mal de nenhuma religião e nunca permitiu que seus fiéis procedessem diferentes, pois sempre lembrava a todos, que Deus era um só e que portanto todos éramos irmãos.
Sua sabedoria já tinha atravessado fronteiras, e por onde passava era o perfume do amor que exalava a consolar os corações.
Passado algum tempo aquele teólogo ingressava as fileiras espíritas e agradecia ao padre amigo que o conduzira e ao anjo que Deus lhe enviará sobre o nome de Mariana.
“O Cristo é uma verdade a ser vivida diariamente!” Lembre-se disso e jogue fora seus preconceitos.
Um abraço fraterno!