Cultura-arte, alienação-muleque ou apenas futebol

O futebol, como qualquer cultura popular, foi criado inicialmente para integrar grupos de pessoas e proporcionar alguma forma de lazer. Como qualquer esporte, possui suas técnicas e debates entre seus amantes e inimigos. Mas a escala alcançadas de suas características, a transformou em algo muito maior que apenas esporte e cultura. Atualmente é o esporte com maior alcance de transmissão e discussão mundial. Nada disso é desfavorável em relação a essa cultura, a forma com que é recebida por cada país é o verdadeiro problema, pois, em alguns países, o futebol simplesmente substitui outras culturas atingindo até mesmo seu ritmo de produção.

Fazendo-se uma simples analogia entre países amantes do esporte é possível apontar diferenças marcantes entre países moderados em relação a receptividade do futebol, tais como Inglaterra, país fundador do esporte, ou Espanha e países fanáticos, tais como alguns países sulamericanos, por exemplo a Argentina ou o Brasil. Os primeiros são desenvolvidos e com renda bem distribuídas, os últimos subdesenvolvidos, com desigualdade social e econômica.

Ter o futebol como prioridade sobre outras atividades, faz com que a população também o faça, isso desde crianças. Dessa forma todo o país fica com a educação básica resumida e, consequentemente, baixo desenvolvimento acadêmico, pois é produto direto da educação básica. Tamanho fanatismo produz uma crença sobre a profissão de jogador de futebol: profissão dos salários altíssimos e grande reconhecimento, não visualizando a verdade, pois são apenas minorias os que chegam a esse patamar da carreira. Proporção até menor que a de se tornar um grande empresário, por exemplo.

Não apenas o futebol mas qualquer cultura, não deve ser praticada com fanatismo, pois as influências decorrentes podem ser catastróficas e, pior, ainda servirem para generalizar e resumir um país apenas a isso.