Facho de Fogo, Pedofilia e Padres

Sou nordestino e o que mais se escutava aqui pelo sertão no meu tempo de menino, era um mito popular chamada burrinha do padre, mula sem cabeça ou facho de fogo, era uma maneira que as pessoas mais velhas encontravam de meter medo nas mocinhas e senhoras mais afoitas, para que elas não se deixassem levar pelos encantos despertados pelos padres, aquelas que assim o fizessem estariam fadadas a vagar pelas veredas como assombração, meninos não tinham medo de padre, nem deveriam, pois, os padres apesar de usarem batinas eram muito machos. Geralmente uma família tradicional achava que deveria consagrar à igreja um dos seus rebentos. Os infelizes antes de nascerem, já tinham o destino traçado. Sem vocação nenhuma para o celibato, aproveitavam-se das confissões daquelas jovens senhoras desprovidas de afeto e afeitas aos caprichos do marido, para tirar proveito e fazer fluir o caminho mais natural do universo, hoje como nenhum filho se vê obrigado a seguir o sacerdócio que não seja por escolha própria, a igreja então tornou-se alvo daqueles que usam a batina para esconder seus desejos mais sombrios. Estou ciente de que religiosidade e sexo não tem nada a ver com pecado e instituição séria quando confrontada não vare o lixo para baixo do tapete. Porque não fazer uma caça as bruxas? Tentar exorcizar os maus clérigos que contaminam essa igreja que tanto contribuiu para a humanidade? Somos humanos e errar faz parte do aprendizado, é isso que nos faz especiais, mas temos que aprender com os erros e não ficar nos escondendo atrás de dogmas tentando proteger os maiores pecadores que possam estar tentando esconder-se atrás de um manto de castidade. Concluo essa dissertação com uma frase que ouvi de um bêbado em um boteco, quando ainda era um menino. O maior ladrão é aquele que rouba a inocência de uma criança.