Auto-regulação no combate aos “parasitas” da imprensa

Somos bombardeados, diariamente, com manchetes e notícias sensacionalistas veiculadas, muitas vezes de forma abusiva, pela mídia. Diante disso, questiona-se a possibilidade de evitar esses abusos nos meios de comunicação de modo que, ao mesmo tempo, seja mantida a liberdade de informação.

É claro que, primeiramente, devemos reconhecer a importância dos meios de comunicação, principalmente no que tange à transmissão da informação que serve como ferramenta da população, tendo em vista a transparência política e o pleno exercício da cidadania. Porém, não podemos ignorar certas atitudes prejudiciais, como a violação da privacidade, da intimidade, da honra e da imagem das pessoas, que são cometidas pela parcela “parasitária” das empresas midiáticas e que visam o lucro e o IBOPE acima de qualquer valor moral ou ético.

Acredito que o melhor modo de superar essa situação é, certamente, a mobilização popular por meio de pressões às autoridades com o objetivo de seguir o exemplo de países europeus que incentivaram a auto-regulação da mídia aliado à regulação estatal. Como conseqüência disso, teremos, sem dúvida, uma fiscalização ideal que permita, ao mesmo tempo, preservar os direitos e privilégios constitucionais da imprensa e proteger a sociedade de eventuais extrapolações que acarretem danos morais ou materiais.

Desse modo, fica evidente que a melhor maneira de garantir a liberdade de informação e evitar abusos nos meios de comunicação é, certamente, a auto-regulação da mídia aliada ao controle e a fiscalização estatal. É necessário, portanto, o engajamento da população para alcançar esse objetivo e permitir o avanço da democracia no país.