Historieta: Encontro Casual (1ª parte)...
Ana Alice veio a SP atrás de um grande amor, com o consentimento de seus pais, chegou e começou a trabalhar e foi criando coragem para falar ao amigo de infância de seu grande amor por ele.
Ele, Lucas, totalmente desligado, enviado pelos pais a SP para se formar em Direito.
Mas o destino tinha outras idéias.
Ana Alice trabalhava em uma loja na Avenida Paulista, morava a uma quadra de distância de Lucas.
Um dia sua chefe resolveu manda-la buscar um casaco de uma cliente que não o queria mais argumentando para isso um rasgo no mesmo. Luiza a dona da loja para não perder a cliente enviou Ana Alice para buscar o casaco e devolver-lhe os cheques, era sexta-feira e já passavam das 4:00 h, então Luiza decidiu que Ana Alice não precisava voltar a loja.
_ E o casaco? Perguntou a jovem.
_ Leve-o para a sua casa, e segunda você trás, porque amanhã é feriado! Um abraço e bom feriado.
E assim se despediram às duas mulheres.
Ana Alice não demorou a chegar ao prédio de escritórios da Paulista, subiu até o 8º andar, entregou os cheques, pegou o recibo e recolheu o casaco, que parecia ter sido usado apesar da etiqueta.
Voltou ao saguão do andar onde ficou aguardando o elevador.
Sérgio era um jovem lindo com belos olhos, e uma lábia de levantar defunto, assim que viu que o elevador estava se fechando gritou:
_ Por favor, segure o elevador!
Ana Alice colocou a mão na porta, o jovem agradecido entrou no elevador com uma cesta de guloseimas e duas garrafas de água.
_ Obrigada! Ainda bem que você parou o elevador, eu sou o último lá da minha sala, todos já foram. Sérgio! E você quem é? Disse ele sorrindo e esticando a mão.
_ Ana Alice! Disse ela sorrindo levemente.
_ Vai para alguma festa? Perguntou ele ao ver o saco do casaco.
_ Ah! Não, só vim buscar um casaco.
_ Não me diga que foi um casaco que você vendeu para a Laila do 803?
_ Sim! Para ela mesma.
_ E ela está devolvendo?
_ Sim! Por quê? Perguntou Ana Alice agora curiosa.
_ Ela faz isso sempre, compra, usa, depois alega algum defeito e devolve ainda com a etiqueta.
_ Entendi!
Nisso o elevador faz um barulho e para.
_ O que houve? Chegamos? Por que não abre?
_ Não é nada disso. O elevador parou. Disse Sérgio antes que as luzes se apagassem. Ele buscou o botão de emergência e a luz e o ventilador foi acionado.
_ Nós estamos no 2º andar, vamos gritar? Sugeriu-a.
_ Não vai adiantar!
_ Por quê? Perguntou ela.
_ O 2º andar está em reforma, não tem ninguém hoje aqui. E nem amanhã, talvez só no domingo.
_ As câmeras?
_ Acho que não estão funcionando, pois este elevador estava estragado, por que você entrou neste elevador? Perguntou Sérgio meio irritado.
_ Porque eu não vi nada de errado com ele. Disse ela.
_ Tinha uma placa na frente dele, como você não viu?
_ Se você sabia que estava estragado por que você entrou?
_ Eu não lembrei, ta bem! Berrou Sérgio.
_ E agora?
_ Vamos ligar? Disse Sérgio.
E abrindo o compartimento não achou o telefone.
_ Não tem nada aqui! Disse ele.
_ Graças a Deus as luzes e o ventilador estão funcionando.
_ É verdade. Disse Sérgio.
E notando que Ana Alice parecia que estava passando mal, perguntou:
_ O que há com você, tem medo de lugares fechados?
_ Não! É que estou com vontade fazer xixi. E ficou rubra de vergonha.
_ É só fazer, encosta no canto e faça, porque não sei quanto tempo vai demorar.
_ Na sua frente! Disse ela totalmente pálida.
_ Se quiser eu viro de costas. Disse Sergio se divertindo.
_ Não! Eu vou esperar. Eles vão nos descobrir aqui logo.
_ Quem vê a sua face até acha que você é pura. Disse Sérgio intrigado.
_ E sou! Respondeu ela totalmente indignada.
_ Ah! Quantos anos têm?
_ 20 anos, por quê?
_ Então me quer dizer que é virgem aos 20 anos de idade? Há! Há! Há! Conta outra?
_ Sou sim! E o que tem haver a minha idade com o fato de eu ser virgem?
_ Você tem 20 anos? Como pode ainda ser virgem? Da onde você é? Lá não tem homem?
_ Você acha que alguém deve deixar de ser virgem só porque atingiu a puberdade? Para mim isso é importante, eu quero estar com alguém especial, que eu ame, não só com um corpo. E quanto a não ser daqui, você acertou! Eu sou do interior do Brasil, e lá também tem homem de todo o tipo e mulher também, mas não é o local são os princípios que nos fazem diferentes. Eu fui criada com muito amor e desde cedo meus pais me ensinaram a amar o meu corpo, a respeitá-lo como um santuário do Senhor, como um instrumento emprestado por Deus para o meu progresso. Por acaso você foi forçado a fazer algo que não queria ou fez por que o grupo pressionou você?
_ Ah! Suspirou Sérgio rememorando sua adolescência, sua primeira vez aos treze anos, com uma menina mais velha, paga pelos amigos, numa festa na casa do primo, ainda podia ouvir o primo dizer: “_Vamos ver se você é macho mesmo!”
_ E aí? Você foi ou não forçado? Disse Ana Alice.
_ Faz tanto tempo que nem me lembro mais! E olhando para ela viu-a torcer as pernas, e então lhe perguntou:
_ Você ainda quer fazer xixi?
_ Quero!
_ Então, precisamos improvisar um penico. Disse Sérgio abrindo a cesta e tirando de dentro dela uma lata de biscoitos.
_ O que você vai fazer?
_ Um penico para o banheiro da mocinha, não falei?
Ele abriu a lata e tirou todos os pacotes de biscoitos e disse:
_ Aqui! Perfeito não?
_ E o banheiro?
_ Eu seguro o casaco de costas para você, certo? Disse ele sério.
_ Está bem! Disse ela que não estava mais agüentando.
E assim foi feito.
Continua...