O direito à uma morte digna

A tão discutida e polêmica eutenásia não deve ser vista como algo desumano, visão de senso comum entre pessoas de pensamento trivial, muito menos como uma afronta do homem a algum Deus no sentido de ser melhor que este, visão de extremistas religiosos, os quais possuem tendência a serem intolerântes a qualquer idéia não documentada em seus respectivos livros sagrados.

A partir de pensamentos simplistas e fechados como os dos tipos citados, o planeta se transformou no que se vê hoje em dia: caos em todos os sentidos (de maltrato ao ambiente a desigualdade social). Esse tipo de pensamento é efeito direto da ignorância geral, pois o trivial só é aceito por pessoas, cujo cerébro recusa qualquer tipo de informação cujo entendimento requer raciocínio mais amplo e sua defesa em um possível debate é mais difícil, já que é necessária uma ligação com assuntos mais profundos. Já o pensamento religioso afeta apenas pessoas com raciocínio unilateral direcionado sempre ao que o 'chefe' de sua religião disser.

Dessa maneira é possível se fazer uma analogia a guerras. Pois caso um representante de estado disser que o país irá entrar em guerra o 'pensador' trivial irá apenas entender que a guerra é iminente, sem entender o real motivo, o religioso irá entender que o fim dos dias está chegando, pois está em seu livro-guia.

Atualmente já é possível, de acordo com a revista eletrônica “New scientist”, obter uma resposta no formato “sim/não” do paciênte em estado vegetativo, por meios de sensores no cérebro é possível pedir ao paciênte para pensar em figuras geométricas em caso de “sim” ou em paisagens em caso de “não”, dessa forma o cérebro irá ativar o hemisfério direito ou esquerdo, de acordo com a imagem pensada.

De qualquer maneira, a eutanásia é apenas um mecanismo de auxílio para adiantar a morte total de um paciênte terminal – total, pois o indivíduo já está social e praticamente sem vida. Claro que o mecânismo precisa ser aplicado apenas em concordância entre seus familiares próximos ao paciênte, exatamente por isso não deve ser vista com pessimismo, pois a liberdade precisa existir, a escolha entre os caminhos deve ser apenas entre os que realmente sentem a presença (ou falta dela) do paciente.