PRESENÇA AUSENTE

Onde estamos?

Estamos onde deveríamos estar?

Fomos aonde deveríamos ter ido?

Chegamos onde queríamos ter chegado?

Conseguimos nos ver onde estamos?

Sabemos realmente onde, quando, como e com quem estamos?

Percebemos o que estamos fazendo?

Quando e como estamos fazendo?

Fazemos idéia de onde nossas ações, escolhas, caminhos nos levam?

Nossa vida no pede nossa presença. Estamos vivendo por viver, passando horas, dias, semanas, meses, anos até. Vivendo como pai quando está com os filhos, como funcionário na empresa, como colega no almoço, como marido perto da esposa, como homem perto da mulher, como amigo entre os afins. Dirigindo, caminhando, entrando ou saindo de lugares, em qual deles éramos nosso verdadeiro “EU”... Fomos o que queríamos ser as vezes, outras fomos o que queriam que fossemos, desde que nos fosse conveniente.

Nossa ausência nos pede anonimato. Esconde-nos de nós mesmos para fazer o que for da sua vontade. Essa falta de existência deixou em branco nossa passagem, apagou nossas pegadas com o nosso consentimento. Seria melhor termos nos ausentado voluntariamente, do que estar involuntariamente presente para apenas ser visto.

Presença ausente é negligenciar a si próprio, se auto-iludindo de que não está desistindo de si, mas renunciando em nome da felicidade do outro. É deixar-se conduzir pelos outros eu’s que construímos ao longo do tempo. Nós não os controlamos, eles é que descontroladamente nos guiam. Até quando vamos nos conformar em viver ignorando a verdade; desconhecendo nossa existência?

GABI BORIN
Enviado por GABI BORIN em 09/05/2010
Código do texto: T2247446
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