OLHARES AMAZÔNICOS NA PERSPECTIVA SUSTENTÁVEL
A Amazônia configura na atualidade em um dos cenários visados para a implementação do Desenvolvimento Sustentável devido suas riquezas naturais e culturais, com isso, a atividade se faz propensa a se desenvolver em face de tantos atrativos, deste modo, a “indústria do turismo sem chaminés”, poderia atuar dentro de parâmetros sustentáveis, sem agredir ou prejudicar a natureza. Portanto, segundo Lemos (2001, p. 207), “Essa, pelo menos, é a idéia dos órgãos fomentadores da atividade na região, como por exemplo a Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia – Sudam”.
Sendo o turismo uma viagem de lazer organizada que tomou força a partir dos séculos XVIII e XIX, com o surgimento do capitalismo, se estabelece, portanto, como uma atividade econômica, a partir do momento que organiza viagens, excursões, guias e pacotes turísticos, sendo ainda uma prática nova e que veio para suprir necessidades de descanso e estresses causados pelas cidades grandes e modernas, bem como, apreciação de culturas diversificadas.
Assim, observar-se que o turismo apresenta grande relevância no setor econômico, gerando emprego e renda na medida em que formata os produtos turísticos com caráter atrativos naturais ou culturais, comercializando-o, pois, para Lemos (2001, p. 208) este produto “pode ser considerado como curiosidade particular de qualquer região”.
Um grave problema que ocorre com o turismo na região Amazônica é que além de extenso, as empresas trabalham de forma amadora, não possuem um pensamento de unidade, não estão integradas a fomentar um desenvolvimento regional dentro da atividade turística. Deste modo para Lemos (2001, p. 210) “o ‘atraso’ torna-se o principal recurso para a criação do produto turístico”.
[...] As viagens de ricos em áreas ou países pobres, onde um possível “impacto cultural” seja maior e onde exatamente as tais áreas naturais “exóticas”, culturais milenares, lugares intocáveis pelo homem e pela modernização e que povoam o discurso das empresas e órgãos implementadores da atividade e, ainda, a propaganda e o marketing acerca dessas regiões. Isto pode representar obstáculos intransponíveis de comunicação entre residentes e visitantes [...]. (LEMOS, 2001 p. 209 – 210).
Portanto, embora a Amazônia riquíssima em seus atrativos, o que, a priori confere um grande campo para o desenvolvimento ser aplicado, as empresas privadas e o setor público enfrentam um grande desafio de iniciativas de ações integradas contribuindo para a produção de produtos com qualidade para conferir ao Brasil e a Amazônia um bom destino turístico, passando confiabilidade para turistas brasileiros e estrangeiros.