Oportunidade de ser feliz

Eis que num vilarejo esquecido por muitos, aliás como esquecer se nem sabem que existe, de tão longe que era, onde ninguem passa, não porque é dificil o acesso,mas porque num aparece no mapa, onde só passa pessoas que saira de sua rota, e perdidos, aparecem em busca de gasolina, mecânicos, água...sim existia moradores, muito poucos um a cada 10 kilometros, num dia muito fora do comum, um vendedor de computadores, perdido no mapa, vê uma oportunidade de venda.

-Vou bater nessa casa, quem mora ai vai me agradecer, aqui nem se existe comunicação, tai uma venda ''certa''.

A senhora moradora muito humilde, semi analfabeta, sorriso nos lábios, bem devagarinho desce de sua rede que balançava calmamente, e passos vagarosos chega na fresta olha e percebe que realmente tem alguem batendo palmas.

-Nossa quem será? Deve ser mais um que perdeu sua rota, e quer perguntar como chegar na rodovia principal, ai, ai esses camaradas fugindo dos pedágios, o último que fez isso, demorou tres dias para retornar até a estrada.-já vai...Gritou bem alto pra chegar aos ouvidos do homem lá na porteira

Eles vendedor profissional, já a uns 35 anos, mui sorridente, claro para satisfazer a proxima cliente diz:

-Boa tarde minha senhora, e que tarde maravilhosa sol a pino, brilha como o seu lindo olhar.E limpando o suor do rosto, começa um clima de vendas.

A senhora estranhou, mesmo assim disse

-Brigado moço, entra tem um suco de limão rosa que fiz agorim mesmo, tá fresquim, colhi o limão bem cedin era 4 e meia acho bem antes do galo godofredo cantar.

Ele paletó de luxo, pensou, o que estou fazendo aqui, mas objetivo de vender o aparelho fala:

-Grato por sua atenção, mas não posso perder tempo.

Ela sem entender nada passou a escutar o moço:

-Aqui sua oportunidade de adquirir o mais moderno produto, com mais alta tecnologia, tamanho adequado para qualquer ambiente, pois tem o designer que se ajusta a quartos pequenos...

Dai a senhora interrompe o homem:

-Não aqui os quarto é grande moço, todos os 11 quarto, eles são maió que é pra se espriguiça num sabe.

Ele dá uma risadinha meio que sem graça e volta a buscar seu objetivo, a venda.

-Como eu dizia- é moderno acabamento de primeiro mundo, trabalhado cada detalhe por um especialista em Paris, famoso por deixar sua arte moderna gravada em pequeníssimos detalhes quase imperceptíveis.

A senhora entendeu bolhufas, sorriu, aquele sorriso caipira, mas sincero, e disse:

-ome ocê proseia muito então, bora vem cá na cozinha tem um bolin de mio, colhi hoje memo, e é feito com os ovos da gertudes, minha galinha predileta nunca faia, o leitin que botei nele é da genoveva, que ja ta na famia a mais de 20 anos, é um bolin fresquin, vem cá, proseiá...

Ele já quase perdendo a paciencia, pois tem uma meta, o seu centésimo produto vendido na semana lhe valerá um premio muito convidativo, uma viagem ida e volta para o Japão onde verá pessoalmente a tecnologia avançada. Já pensou quando voltar da viagem ai terá mais argumentos sobre tecnilogia de ponta, dai mais vendas, mais lucros...Bom ele responde tentando ser gentil:

-Agradeço moça mais não posso perder tempo.

Ela vê o esforço que ele fez pra dizer não dai toda simpática fala para o esforçado vendedor:

-Sei de sua pressa moço, então que umas frutinha vai lá no fundo do quintar, tem goiaba, manga, abacate, mamão, tem ...

Ai ele interrompe bruscamente a senhora, já que cada palavra dela é entonada bem devagar, calmaente, fazendo ele ja perder 1 hs, observou ele em seu relógio de ouro.

-Senhora não quero ser ou aparentar grosseiro, mas não quero suas frutas, não posso perder tempo, lterou sua voz.E como lhe dizia sobre o computador, ele é ...

Ela mais que depressa se enfezou, colocou as mãos na boca, assobiou para o Zeca, seu cachorro amigão que já veio rosnando pro tal vendedor que até então só desprezava seu modo gentil de oferecer solidariedade tirando-o do sol, para alimentá-lo e quem sabe por ser uma amiga futura.ela com os zóio bem bravo diz:

-Meu caro ôme que vende num sei o quÊ, nem sei praquê, e nem sei quero sabê, memo que eu TIVESSE ENERGIA ELÈTRICA NUM QUERIA ESSE TROÇO AI, o senhô trate de sumi daqui, pois te ofereci minha amizade por esse tempo ai que oiô no seu relógio e o senhô nem prosiô, nem comeu meu bolin, nem minhas manga, nem as goiaba, e desprezô sentá na minha cadeira lá na minha cozinha. Sei lá proquê, mas eu sei pruquê agora vô mandá ôce pra os cafundó...o sinhô disprezou a oportunidade de eu sê feliz e o senhor nem é feliz tambem intão some,num posso perdê meu tempo...Vou vortá pra minha rede...

Ele aprendeu com a lição..

.carpe diem...aproveite o dia...

E você leitor tambem CARPE DIEM procê...

CIDA MOURA
Enviado por CIDA MOURA em 11/04/2010
Reeditado em 14/04/2010
Código do texto: T2189865
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