Every minute of the future is a memory of the past.
O tempo está a passar depressa demais. Tenho saudades dos tempos em que estava feliz, independentemente do que se passava à minha volta. De ir às compras com a Mummy, e ser ela a escolher os meus vestidos. Sinto falta das tardes Verão em que a Avó me preparava leite frio com chocolate e açúcar. Era tão exageradamente doce, mas sabia-me tão bem. Faz-me falta ir brincar para dentro do tanque de lavar, aprender a andar de bicicleta com o Daddy, de fazer juras de amizade eterna com os amigos do Jardim de Infância, de passear de mão dada com a Tia, de passar dias com a Madrinha, de andar ao colo do Avô, de ir brincar para casa de uma Amiga, de fazer birra para não comer a sopa ou por não querer lavar os dentes antes de ir para a cama.
Já consigo olhar para trás e lembrar coisas de há 10 anos. E 10 anos é muito tempo. Sinto falta de ser pequenina e ter desculpa para tudo por isso mesmo. Com o passar do tempo, estou a começar a aperceber-me da crueldade do mundo em que vivemos. Da paz que devíamos desfrutar e não nos está a ser posta, por pura estupidez humana. Faz-me confusão como as pessoas se pisam umas às outras só para atingir metas que, muitas das vezes, são superficiais, e como ficas no fundo por pessoas que não valem a pena.
Na verdade, tenho medo de crescer.