Loucura: um olhar filosófico.

Quando nos deparamos com esta palavra: loucura! diversos aspectos são percebidos, por um lado vemos a opinião de que isto é um fator psicológico, e que para tanto deve ser "curado", por outros percebemos um olhar sociológico, em quais culturas podemos chamar de loucura uma certa atitude e há ainda a percepção do artista, que preza uma boa "dose" de loucura para fazer arte, seja em qualquer âmbito desde à literatura, música, teatro...

Quero abordá-la do ponto de vista cultural, sendo assim um xamã, pode ser considerado um grande persongem de sua perspectiva religiosa, por outro, uma pessoa de classe média da sociedade dita "normal" seria um forte candidato a internações ao manifestar um espírito que esta falando e agindo nele. Em diversas situações depende do olhar do grupo social, e atualmente ser esquizofrênico, demonstrando fragilidade afetiva, relações que fragmentam e não individuação é totalmente aceito pela sociedade capitalista, neste ponto percebemos que ter papéis totalmente diferentes na sociedade é o que conta como normal, porém, é algo bem esquizofrênico.

Podemos nos questionar: o que é o normal? Esta palavra vem de norma, então estar sobre certas normas é o que constitui o não louco neste paradigma. Agora fica aí a grande indagação: e nós (cada leitor deste texto) somos "normais" ou preferimos fugir das regras e viver com "pitadas deliciosas" de uma boa dose de loucura?

Outra questão também pode ser abordada: que momentos é preciso "fugir" (perceba as aspas) desta sociedade onde o lucro diz tudo, nossos relacionamentos amorosos só visam o coito, o ridícuilo é visto como belo na mídia, que a cada dia se torna mais idiota, (falo do ponto de vista de um filósofo), e mais como ser nós mesmos neste sistema que dita todas as regras? Vivemos num big brother, mas não ganhamos milhões, nos vendemos por pouco e até que pónto isto é o normal?

Diante destes questionamentos conclamo aos leitores para olharmos nossas atitudes e se pudermos fazermos arte, yoga, cultivar a espiritualidade como modo de acolher o outro, enfim viva suas loucuras, ame, acredite na vida, mas não nesta eleita pelo protótipo consumista, mas aquela que esta em você, naquele ponto que só nós conhecemos onde esta o nosso viver bem e melhor, terminando estas reflexões cito as palavras de Cristo: "onde estiver teu coração, ali estará teu tesouro".