A Conversa

00.35h. A este hora do iníco do dia de hoje, dirigi-me com ele para longe do grupo de amigos, para um canto deserto. Sentados a olhar para o rio que corria para longe, sob o negro da noite povoado de estrelas bonitas e cintilantes, tivemos A conversa. A conversa em que verbalizamos tudo aquilo que nos ia na alma ao longo destes 2 anos. Parece que não, mas 2 anos é muito tempo. Senti que ele queria (também) ter mesmo aquela conversa. Ouvi um "Não quero dizer «Não vou voltar. É um não para sempre» e se eu quisesse assentar, tu eras a rapariga ideal". Ele confia em mim. Eu marquei-o, e foi bom saber isso. Antes de irmos embora, disse-lhe aquilo que nunca tinha verbalizado: "Já vieram pessoas depois de ti. Mas eu olho para elas e penso «Eu sei o que é amar de verdade, e eu não te amo a ti». Venha quem vier, eu nunca vou amar como te amei a ti. Eu preciso é de ti". Fiz uma força interior horrível para não chorar enquanto lhe dizia aquilo.

Ele estava nervoso, ele próprio o disse. Olhei para o relógio e já marcava 01.05h.

Levantou-se, esticou a mão como um príncipe à sua princesa e com um brilho nos olhos disse "Vamos?" .

Patrícia Oliveira
Enviado por Patrícia Oliveira em 07/04/2010
Código do texto: T2182591
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