O sonho não vivido
Sempre, ou nem sempre, depois de uma noite de sonhos silenciosos, existe em cada pessoa o desejo de realizar o pecado cometido em nossos devaneios noturnos.
Sonhamos com tudo que nos é intangivel e impuro. Desde do desejo pela mulher do próximo, como por uma vida repleta de emoções indecorosas.
Nossa sensatez afronta toda e qualquer lacuna da moral impassível durante cada noite de sono restaurador do nosso cansaço.
Não há respeito por regras, por tratados de uma falsa bondade durante cada sonho. O que ocorre é a quebra, a violação de nossas falhas ávidas de perdão.
Pouco valor teriam as noites se nelas não pudessem se ocultar sonhos emaranhados das paixões torrencias incontidas em nosso ser. Por mais linda ou feia, sensata ou estúpida que seja a realidade, é com a cabeça em um travesseiro que ousamos viver mais.
A que ponto iria a solidão se não pudessemos acordar revigorados de esperança após transgredir a reta razão depois de um sonho avassalador?
Chega a ser uma ascese um belo e simples sonhar...
Nosso maior problema, diante disso, é levantar e ter de viver sem realizar nada daquilo que fora tramado pelo nosso desejo trancafiado na alma que mesmo acordada continua adormecida.