Cap. XV O Poder do Perdão: O suicídio e a reportagem de Júlio Mendonça

Após um ano sem pistas sobre o desaparecimento do filho, Lucas estava certo de que o que lhe acontecerá era resultado de suas ações para com Ângela, afinal ele perdeu esposa e filho, como ela.

Quando o rapto aconteceu sua esposa entrou em um estado catatônico, recuperou-se dias depois, mais passou a não reconhecer ninguém e a achar que todos lhe queriam mal, não resistindo as influências acabou por suicidar-se.

Nas ruas da cidade era conhecido como o “médico-monstro”, pois o povo se comprazia em levantar boatos e criar histórias sobre o ocorrido. Problema este que só foi solucionado pela ação de Júlio Mendonça, que era um repórter de caráter incontestável.

Após a morte da esposa do Dr. Lucas, mas difícil que a dor da perda foi ver o seu nome enlameado pelos titis do povo, que dizia que ele devia ter matado a esposa e desaparecido com o filho. Esses titis todo chamaram a atenção de um repórter muito sério chamado Júlio Mendonça que resolveu investigar o caso a fundo. E depois de muito pesquisar e conversar escreveu uma reportagem que foi matéria de capa do jornal da cidade, além de ter propiciado ao jornalista um prêmio e um novo amigo.

Júlio Mendonça escreveu em um dos parágrafos da matéria intitulada “Não poder parar de sofrer”, assim: “... Além de todo o sofrimento sentido pelo Dr. Lucas pelo rapto de seu filho e a dor imensa pela perda de sua companheira, ainda se vê vitimado pela falação proveniente da ignorância de um povo, que não tendo nada melhor para fazer do que tecerem comentários e histórias fantasiosas sobre os fatos, fatos esses que deveriam despertar em todos nós sentimentos de: solidariedade, caridade e amor para com o próximo, no caso em questão o próximo é o Dr. Lucas”.

O texto comoveu e impressionou a população, que deixou de lado o Dr. Lucas para se dedicar a outros assuntos, dando a ele a oportunidade de continuar sua vida.

Passado uma semana o Dr. Lucas foi agradecer e conhecer o Sr. Júlio Mendonça que era um homem no inicio de sua maturidade de seus 45 anos, alegre e muito simpático, possuidor de um carisma magnetizador, que fazia com que todos a sua volta se impressionassem com a sua pessoa.

Tornaram-se amigos e muitas vezes foi o conselheiro de Lucas em questões difíceis no hospital e no lar, que viera a constituir.

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Toda a situação de dor é para nós uma prova que devemos enfrentar com coragem, resignação e confiança em Deus, nesses momentos é preciso ter fé e jamais desistir.