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Opiniões
 
   
Opinar é emitir um parecer sobre algo ou alguém. Um direito de todos nós.

Geralmente somos solicitados a opinar quando conversamos com outras pessoas, quando precisamos fazer uma escolha ou tomar uma decisão... Ou ainda, quando somos consultados ou contratados por motivos profissionais e estamos, portanto, autorizados e respaldados no conhecimento adquirido para tal.

Opinar é se posicionar, revelar-se. Implica correr riscos. Desagradar o outro, ser rejeitado juntamente com a opinião emitida, ser rotulado, ser mal entendido, enfrentar polêmicas etc.

Não opinar é muitas vezes uma maneira de evitar confrontos, de não  “errar”, de não ser alvo de críticas, piadas, julgamentos. De se esconder atrás de uma imagem.

Buscar uma opinião pode ser um gesto de humildade, ao reconhecer que existe  desconhecimento e/ ou insegurança sobre o tema em questão, uma atitude de acomodação e covardia ao se isentar de pensar e assumir sua visão a respeito de uma situação, uma necessidade de ampliar a visão das coisas e agregar novos conhecimentos.

Quando buscamos a opinião de alguém sobre um assunto precisamos ter liberdade para acatá-la, rejeitá-la completa ou parcialmente e, se assim considerarmos necessário, buscar também outras opiniões.

Opiniões não são verdades absolutas, mesmo em se tratando de questões específicas e emitidas por autoridades respeitadas e competentes no assunto.

Embora muitas pessoas possam se sentir ofendidas, caso suas opiniões sejam questionadas e não aceitas, isto diz respeito às suas próprias dificuldades.

Não se trata de um duelo de argumentos, de brigar para “vencer”, para ver quem tem razão ou quem é o dono da verdade.
Também não  é o caso de se esquivar da responsabilidade de participar da decisão, de se comprometer com a direção a ser seguida, de usar sua autoridade interna no processo.  
 
Penso ser importante, sobretudo, escutar o coração, a intuição, a alma, pois, quando determinada opinião encontra ressonância  com essas instâncias do Ser, é bom sinal para continuar analisando-a.

Encarar os resultados é outro desafio, quer sua opinião tenha sido a mais acertada ou não.

Em dado momento de nossas vidas, por não as considerarmos com profundidade, descartamos opiniões que em outras épocas podem ser revistas e se revelar valiosas. Então, é mais adequado não deletá-las prematuramente, olhando-as de maneira superficial, preconceituosa ou leviana.

Por outro lado, as oportunidades para opinar que não aproveitamos, seja qual for a justificativa que possamos dar, são valiosos momentos  que desperdiçamos no processo de assumirmos a nossa individualidade, escancarada e prazerosamente. 
 
Momentos em que nos ausentamos da vida e entregamos “de bandeja“ a liberdade de sermos quem somos e a oportunidade de fazermos a diferença.

Cuidado, isto não significa que devamos impingir nossa opinião  às questões que dizem respeito à  vida privada de alguém sem solicitação porque a pessoa pode não estar interessada nos nossos pontos de vista.

Ao emitir opiniões também é preciso não agredir, desrespeitar ou ofender. Isto não tem cabimento.

Quanto mais em evidência ficamos, mais nos expomos às opiniões alheias. Mais riscos corremos de sermos julgados e traduzidos erroneamente. Contudo, não precisamos levar a sério tudo o que dizem sobre nós. É só uma opinião que,  muitas vezes, não corresponde à realidade de quem somos ou do que pensamos e sentimos.
Norma Suely Facchinetti
Enviado por Norma Suely Facchinetti em 28/02/2010
Reeditado em 03/03/2010
Código do texto: T2111800
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