Você domina a terminologia da REDAÇÃO OFICIAL ?
Ao longo de nossa vida escolar, a partir
da 5a. série, aprendemos toda a teoria em torno da disciplina RE-
DAÇÃO (características/requisitos de cada tipo de texto...).
Por ter um espectro (que chique !) espe-
cífico, esse ensino não contempla determinados detalhes que carac-
terizam a REDAÇÃO OFICIAL (da qual fazem parte : atas, requeri-
mentos, ofícios, etc., etc., muito utilizados por órgãos públicos).
O QUE HÁ DE ESPECIALMENTE DIFERENTE
NESTE MATERIAL É QUE - POR TER UMA TERMINOLOGIA FIXA/PRÓ-
PRIA - DEVE ESTAR ATRELADO ÀS NORMAS DA ABNT.
É esse campo da redação que passa a
ser objeto deste e de outros encontros nossos.
Como o assunto é, de uma certa forma ,
extenso, hoje nos ateremos tão somente ao tópico "O QUE DEVE
SER EVITADO NA REDAÇÃO OFICIAL" (este tópico tem muito em
comum com a redação que aprendemos na escola)
Começaremos pelo que há de mais fácil
- assim esperamos - para a assimilação . Vamos lá...
NÃO DEVE SER USADO NAS REDAÇÕES
OFICIAIS (conforme Instrução Norma-
tiva 4/92 da Secretaria de Administra-
ção Federal) :
- Termos que possam provocar AMBIGUIDADE (=possibilidade de
mais de uma interpretação).
Ex.: João e Carlos são vizinhos. O S E U computador é de
última geração ("o SEU", neste contexto, tanto pode re-
ferir-se a João como a Carlos). Para evitar tal situação,
a frase deve ser reformulada para :
"O computador de...(especificar a qual dos dois pertence)
é de última geração. Os dois (colegas ou amigos) são vi-
zinhos".
- Termos "chulos" (=inconvenientes).
Ex.: "O mendigo que se instalou numa das laterais do prédio da
Prefeitura MIJOU na própria roupa, cujo FEDOR incomoda
os transeuntes".
- Emprego repetido de palavras.
Ex.: "A faxineira MOLHOU as plantas do andar superior, MOLHOU
as plantas do jardim do térreo..."
(os termos em maiúsculo enquadram-se na classificação de
chulos).
- Evitar, sempre que possível, o emprego de estrangeirismos (aí
não se incluindo aqueles termos técnicos ou comerciais já con-
sagrados, DESDE QUE NÃO HAJA PALAVRA OU EXPRESSÃO COR-
RESPONDENTE NA LÍNGUA PORTUGUESA).
Por isso, NÃO SE DEVE - hipoteticamente - empregar o termo
em maiúsculo da frase a seguir :
"Para o break-fast vespertino, recomendamos hot dog".
que deveria ser :
"Para o lanche vespertino, recomendamos "cachorro -quente"
Mas DEVEMOS empregar o termo em maiúsculo neste tipo de
construção frasal:
"O SHOPPING, na hora do ocorrido, achava-se lotado".
- (Evitar) construções frasais em que a proximidade de duas pala-
vras provoque o vício de linguagem "CACÓFATO" (ou cacofonia).
Ex.: Com isso, faz-se bruta...(=com isso, face bruta).
É isso...