UM PASSEIO PELA SOCIOLOGIA
O autor, seja de qual livro for, possui valor quando este esta em consonância com o período histórico em que se encontra inserido. Neste sentido, a sua obra será mais valorizada e, posteriormente, lida. E mais ainda, é preciso que ele tenha uma visão voltada para além-empirica, ou seja, olhar algo que esta além de sua vivência. Daí que ele se torna um verdadeiro autor merecedor de ser lido e, quem sabe, pesquisado. Pessoas que se destacaram neste bojo foram, sem dúvida, os filósofos e literatos, pois foram capazes de ter uma visão além do que os seus respectivos contextos históricos.
Dentre tantos pensadores e escritores que se destacarão, ao longo de suas vidas, são os sociólogos de forma geral. Pode-se destacar a importância e a profunda contribuição sociológica que estes mesmos sociólogos oferecerão para a humanidade. Provavelmente vale ressaltar o nome de dois grandes sociólogos que, indubitavelmente, ofereçam suporte necessário para uma autentica reflexão sociológica frente ao ser humano. Tais pensadores se chamam Emile Durkheim e Max Weber.
Durkheim escreveu sua obra magna, regra do método sociológico. Nesta é bem visível que o autor quer sustentar que fatores simples explicam os complexos, bastando, assim, que haja qualquer experiência para conferir o alcance universal aos dados. Durkheim vai buscar no totemismo australiano o que é indispensável, essencial, permanente, eterno na religião.
Debatendo com o marxismo, ele afirma que não existem religiões falsas e que mesmo os ritos mais bizarros respondem as condições da existência. Refuta também o amimismo e o naturalismo, as teorias de Taylor e Spencer, que estavam em moda na época. A crença religiosa não é uma crença em espíritos nem nas forças naturais transfiguradas. Nem estas nem os espíritos são sagrados por si mesmos. Só a sociedade é uma realidade sagrada por si mesmo.
O totem é o símbolo do sagrado e, desta forma, o principio totêmico que assegura a unidade do sistema religioso australiano, para Durkheim, vai passar a expressar humana em duas esferas: a do sagrado e do profano. O profano refere-se à experiência diária da qual o trabalho e a vida prosaica constituem o tipo mais central e significativo.
Já Max Weber parte do seguinte ideal, do qual é qualificado como abstrato embaçado num tipo ideal. AS idéias e os valores se manifestam, se efetivam no agir dos homens. A história é fruto de um amplo conjunto de ações de indivíduos guiados por intenções e ações subjetivas. As ações são condicionadas por fatores externos ao indivíduo e por suas motivações. A religião interessa a Weber na medida em que ela é capaz de formar atitudes e disposições para aceitar ou rejeitar determinados estilos de vida ou criarem novos.
Para Weber, uma ação é racional quando cumpre duas condições:
a) na medida em que é orientada para um objetivo claramente formulado, ou por um conjunto de valores também claramente formulados e consistentes;
b) Quando os meios escolhidos para se atingir os objetivos são os mais adequados.
Reconhece que racionalizações sempre existiram e existem em todas as culturas. O problema era o de reconhecer a especificidade do racionalismo ocidental.