Ao meu filho com amor...
Hoje ele acordou como sempre acorda, nos dias que está de férias ou quando não tem aula. Era por volta das nove ou dez horas da manhã, não posso afirmar ao certo por que não olhei no relógio.
O vi meio que sonolento passando, arrastando seu ededron, para novamente deitar no sofá da sala, sem intenção de escovar os dentes. Esperando tão somente eu ou a mãe se levantar para preparar o desjejum.
O que não ocorreu, pois levantamos, nos higienizarmos, coisas que ele não faz. Fomos direto para o fogão, com o intuito de fazermos o almoço. E fizemos. Enquanto ele só não continuou prostrado no mesmo sofá por que temos três. Meia boca é verdade, mas descansa bem as costas.
O almoço ficou pronto rapidinho, quase que tenho que colocar comida no prato dele, tamanho era a sua preguiça. Almoçamos e qual não foi a nossa surpresa ele mal guardou o prato, e já estava deitado no mesmo sofá de antes que logo, logo como dois mais dois são quatro ele até o fim da tarde, se não estiver jogando o seu bendito santo vídeo-game, trocará deitando no mínimo umas dez vezes em cada um.
Bom! Como não tenho o meu tempo ocioso como o do meu filho, sai para minha rotineira vida de trabalhador. Deixando uma ordem expressa para ele:
- Quando eu chegar à noite. Quero os relatórios!
Cheguei às dezessete horas e sete minutos da tarde sabem por que sei disso? Por que minha policia, marca bem cerrada meus passos. E o meu filhote estava a onde?
No sofá!
Dormindo?
Não!
Deitado, no entanto jogando os transformans no seu play dois. Fiquei observando ele um pouco e sua difícil vida! Cobrei-lhe o relatório. Bom como ele faz sempre, pensando que me engana! Não fez de novo. Zambetou pela casa com um caderno velho pra lá e pra cá! E eu só de olho nele! Perdi dois capítulos de um livro que estou digitando. Pra não me contrariar foi na geladeira pequei uma cerva geladíssima abri e virei num gole só. Pronto mais calmo, pra variar. Fiz janta!
E nada de relatório, isso por que era um castigo, vírgula, era não.
É um corretivo. Jantamos tranquilamente. Então tomei uma atitude de pai presente aos interesses educacionais do meu filho. Imponente eu esbravejei:
- Quero cinco relatos hoje, antes de você dormir.
Ah! E ele fez cinco relatórios. Bom! Com o mesmo tanto de linhas, com os mesmos assuntos. Trocando apenas as datas como ele faz trocando de sofá todos os dias de sua vida. Mas, amo meu filho! E um dia ele aprenderá que na vida ler e escrever é o melhor remédio contra o tédio e junto com os estudos lhe darão um futuro menos sofrido na sua caminhada.