Carta de um romântico

Fortaleza, 21 de novembro de 2009.

Querida Florzinha,

A cada dia que acordo nesta cidade, o sol parece ter perdido o brilho. A distância que nos separa não é maior que o amor que palpita em meu peito. Peço que não esqueças que este vassalo só vive para te amar e te amando é que me perco em pensamentos e saudade. O teu rosto juvenil, teu sorriso tímido, tua meiguice de menina e teu andar de mulher guardo em cada sonho que a ti dedico.

No mundo, não há flor de tamanha beleza nem de perfume mais doce, que deixa a todos inebriados. Às vezes, pego-me pensando em nós dois e chego a chorar. Eu sei que parece ridículo, mas choro de alegria, pois nenhum homem, um dia, encontrará felicidade nos braços de uma mulher, como eu encontrei nos teus.

Estou terminando de resolver os últimos problemas na cidade e espero que tu estejas concluindo os preparativos para o nosso casamento. Perdoe-me por não ter escrito-lhe anteriormente, mas tu sabes o quanto sou um homem ocupado.

Tua ausência chega a quase me sufocar e sei que assim também é para ti, pois, apesar de não estarmos juntos, ainda em matrimônio, nosso coração bate como um só e creio que assim será até que o implacável tempo venha nos devorar. Minha flor do sertão, guarda o teu coração para mim, que não demorarei em para tua presença delicada retornar.

Volto em breve,