E que venha a vida, para ser vivida
De repente eu estava lá. Areia, sol, mar. Tanta alegria, energia boa. Parecia que estava começando o ano de 2009 bem. Depois de alguns conflitos e crises no relacionamento, as coisas pareciam que estava se encaixando.
As férias acabavam, e eu desfrutava de novas experiências com o trabalho que me deixavam ansiosa e feliz.
Pegava mais afinidade, confiança, amor, e afeto com algumas pessoas.
Algumas vistorias passadas refletiram conquistas. Publicação de um poema num livro quase me matou de tanta felicidade.
De repente, as coisas desabaram. Conflitos de sentimentos. Ninguém entendeu. Ninguém quis entender. Julgamentos, desconfiança, um inferno.
Parecia que eu iria morrer de tanta dor e tristeza. Ergui minha cabeça, mas era difícil quando a família vai contra suas decisões. Mais uma crise no relacionamento que deu término.
Mas é difícil. Então, cai na tentação. E tudo parecia normal. Tudo parecia ter se encaixado de novo.
Alguns problemas, CRÔNICOS, na família. Coisa na qual me parece que nunca se resolverá, e que me deixa triste só de pensar.
Mas no mais, tudo parecia ir bem.
De repente, tombo. Tombo, tombo. Tombo. O corpo já não agüentava, nem a mente.
Tudo parecia de cabeça pra baixo. Dessa vez havia acabado aquilo que um dia parecia não ter mais fim.
E a dor de uma perda é muito, muito, muito maior do que qualquer outra coisa. A mágoa é algo que te mata por dentro. É capaz de destruir mais rápido do que o ódio pode causar. E por fim, a saudade. Ela sim... Te machuca.
Mas houve pessoas maravilhosas, sempre há. Porque elas nos amam... E quando amam te demonstram. Você percebe o quanto é importante e o quanto elas são importantes. Você sorri porque na vida ainda há muito pra sorrir. Você fica bem porque percebe que não precisa daquele que te magoou e sim, daquelas pessoas que se preocupam. E você não sente raiva, nem magoa nem nada, daqueles que são sua família, porque somente eles irão até o fim com você.
E então você fica BEM! E tudo se encaixa.
Por um período muito longo, chamado ANO, você perde as esperanças, a vontade de construir um futuro, de fazer as coisas mais básicas como ir a escola. Você perde a vontade de criar, mas cria mesmo assim. Porque dentro de mim há sempre a necessidade de criar algo. E então as pessoas se aproximam.
E você ganha um presente depois de tudo isso: A esperança, pra começar um novo ano.