Futebol

Existem vários tipos de campos (os de barro, os de areia, os de cimento, os sintéticos, os gramados). Existem vários tipos de clubes (os da praia, os dos terrenos baldios, os dos colégios, os de quintal, os societys, os oficiais). Existem vários tipos de jogadores (os barrigudos, os carecas, os dentuços, os banguelas, os cabeludos, os descalços, os altos, os baixinhos, os bigodudos, os imberbes, os nervosos, as lesmas, os profissionais).

Existem vários tipos de uniformes (os de coletes, os de camisas brancas, os de camisas coloridas, os sem camisas, os das escolas, os oficiais). Existem vários tipos de bolas (as de plástico, as de couro, as de borracha, as de meias, as de papel, as de gude, as imaginárias, as oficiais). Existem vários tipos de regras (dois contra dois, barrinha, todo mundo contra todo mundo, as da FIFA).

Mas uma coisa é única. A paixão pelo esporte. A brincadeira fácil. A confraternização das diferenças. Todos com um único propósito, a diversão garantida, o grito de gol extravasado na garganta. Há muito tempo o futebol deixou de ser apenas um jogo. É uma maneira de “Vamos passar um tempo juntos?”. É um elemento social capaz de transformar sonhos em realidade. É o rir e chorar de nervoso, sem preconceitos e sem critérios. É a guerra interrompida. É a língua universal dos gestos. É o ingresso de entrada para novas amizades, ou inimizades (tudo depende dos ânimos durante uma partida).

Há muito que o futebol deixou de ser apenas um jogo de marmanjos e marmanjas correndo atrás de uma bola. Há muito tempo que o futebol deixou de ser apenas uma modalidade esportiva. O futebol é arte, é diversão, é projeto social, é do pobre, é do rico, é de todas as nações. O futebol faz parte da vida.